Comércio eletrônico movimenta RS 22,5 bilhões em 2012

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O comércio eletrônico B2C — entre varejistas e consumidores — movimentou R$ 22,5 bilhões no Brasil em 2012, o que representa uma expansão de 20% em relação ao ano anterior, quando registrou R$ 18,7 bilhões, segundo dados da empresa de monitoramento de comércio eletrônico e-bit. O número confirma a previsão divulgada no fim do ano passado. Ao longo do ano, o número de pedidos totalizou 66,7 milhões, volume 24,2% maior que o registrado um ano antes, e a quantidade de novos consumidores virtuais atingiu 10,3 milhões. Desde que o e-commerce passou a ser medido no país o número de pessoas que fizeram ao menos uma compra online no Brasil totaliza 42,2 milhões.

Para este ano, a previsão é que o e-commerce B2C cresça 25% e fature R$ 28 bilhões, com tíquete médio por consumidor de R$ 350. A expansão se dará em razão da aceleração das vendas de dispositivo móveis, como tablets e smartphones, além da esperada retomada do crescimento econômico, segundo a e-bit.

A e-bit também apresentou dados da operadora de cartões Visa, que contribuíram para que o Brasil fosse o primeiro país latino-americano a conseguir que as vendas online atingissem 1% do Produto Interno Bruto (PIB). O Brasil lidera o ranking de países da América Latina e Caribe que apresentaram o maior volume financeiro acumulado em compras via comércio eletrônico, com 59,1% de participação no mercado de negócios digitais, seguido por México (14,2%), Caribe (6,4%), Argentina (6,2%), Chile (3,5%), Venezuela (3,3%), América Central (2,4%), Colômbia (2%) e Peru (1,4%). O estudo projeta uma taxa de crescimento de 28,5% em toda a região no fim deste ano.

Ações promocionais de lojas virtuais e o aumento nas vendas de produtos de valor agregado no segundo semestre do ano passado, como smartphones, tablets e notebooks, contribuíram para o crescimento do segmento no país, de acordo com o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti. Além disso, o maior número de datas sazonais no segundo semestre e o peso das vendas de Natal também foram fatores importantes. Somente no Natal, as vendas online chegaram a R$ 3,06 bilhões. A Black Friday brasileira, inspirada na tradicional megaliquidação do varejo americano, que acontece na sexta-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças, também teve grande influência no faturamento, que totalizou R$ 243,8 milhões em vendas online de bens de consumo, cifra 143,8% maior que em 2011, quando faturou R$ 100 milhões.

Esses fatores elevaram o tíquete médio de compras de R$ 338 no primeiro semestre para R$ 346 na segunda metade do ano. Ainda assim, o tíquete médio anual ficou em R$ 342, queda de 2,2% em relação a 2011. "Isso porque algumas categorias emergentes puxam o tíquete médio para baixo, como moda e acessórios, etc.", explica Guasti.

No ranking das cinco categorias com maior volume de pedidos, o setor de informática aparece em quarto lugar, com 9,1% de participação, atrás de eletrodomésticos (12,4%), moda e acessórios (12,2%) e saúde, beleza e medicamentos (12%). Outro dado apresentado, medido pelo índice Fipe/Buscapé, revelou que durante o período de fevereiro de 2012 a fevereiro deste ano houve queda média de preços de -0,42%. A categoria com a maior diminuição, de 14,51%, foi a de eletrônicos.

Digital commerce

Analisando todo o mercado digital, o digital commerce B2C, incluindo market places, venda de ingressos online, passagens aéreas e turismo e compras coletivas, além do e-commerce tradicional de bens de consumo, o faturamento no Brasil em 2012 foi R$ 49,7 bilhões e a previsão para 2013 é que esse número chegue a R$ 59,5 bilhões, crescimento de 19,8%.

Já o comércio móvel também apresentou evolução em 2012, com participação nas compras online de 2,5% em janeiro deste ano, expressiva alta em comparação ao 0,8% registrado mesmo mês no ano anterior. "Mais aplicativos para comparação de preço e compra de produtos diretamente no dispositivo móvel estão aparecendo. Isso faz com que mais lojas virtuais se preparem para o uso mobile", esclarece Guasti, enfatizando que o aumento do acesso à banda larga no Brasil também contribui para expansão desse mercado.

A e-bit não apresentou estimativas desse mercado para este ano.

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