Justiça dos EUA ordena Facebook a abrir perfis de usuários acusados de fraudar Previdência Social

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A promotoria de Manhattan, nos Estados Unidos, venceu uma batalha judicial contra o Facebook, que se recusava a divulgar informações de contas de mais de 380 usuários, a fim de colaborar com investigações de fraudes contra a Previdência Social daquele país. Um juiz de Nova York ordenou nesta sexta-feira, 27, a rede social a liberar os dados de usuários suspeitos ao considerar "causa provável que a evidência de criminalidade seria encontrada dentro das contas dos mesmos", segundo informa o The Wall Street Journal.

Com base em documentos legais, aos quais teve acesso na última quarta-feira, 25, o jornal americano diz que os promotores exigiram dados de contas de 381 pessoas, que vão desde as páginas com fotos que tinham curtido até mensagens privadas. O caso remonta ao início deste ano, quando mais de 130 policiais, bombeiros e outros servidores públicos foram acusados de fraudar o sistema de Previdência Social para receber benefício previdenciário por incapacidade física.

Fotos postadas no Facebook mostram pessoas supostamente deficientes ensinando karatê, pescando em alto mar, além de outras atividades que exigem esforço físico e coordenação. As imagens, juntamente com outras evidências, como conversas grampeadas, foram reunidas em uma investigação que durou três anos.

"Este era um esquema enorme envolvendo cerca de mil pessoas que fraudaram o governo federal com mais de US$ 400 milhões em benefícios", disse Joan Vollero, representante da promotoria de Manhattan. "Os réus neste caso mentiram repetidamente ao governo sobre as suas capacidades mentais, físicas e sociais, mas suas contas do Facebook contam uma história diferente, o que fez com que a justiça executasse mandados de busca", acrescentou.

O Facebook, por sua vez, tentou anular os mandados alegando que os motivos eram inconstitucionais e violavam a proteção garantida pela Quarta Emenda da Constituição americana. Segundo o escritório do procurador distrital, o caso levou a 134 acusações, sendo que metade dos acusados se declararam culpados.

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