Ministro Kassab testa 5G nacional e diz que tecnologia vai mudar qualidade de vida dos brasileiros

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O 5G vai melhorar a prestação de serviços e a qualidade de vida dos brasileiros, além de oferecer a oportunidade de internet rápida em praticamente todos os cantos do país. A avaliação é do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que participou nesta quinta-feira 31, da primeira transmissão de tecnologia 5G desenvolvida no Brasil.

A demonstração da tecnologia 5G, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), foi feita por meio de videoconferência entre o ministro, a partir de uma unidade móvel de acesso à internet instalada no Bloco E do MCTIC, e os secretários de Política de Informática, Maximiliano Martinhão, e de Radiodifusão, Vanda Nogueira, posicionados no Bloco R, ponto da Estação Rádio Base (ERB).

Segundo  Kassab, com a nova tecnologia, o Brasil deixa pouco a desejar a qualquer país do mundo na área de comunicação. "O 5G democratiza e amplia o acesso à internet. Além disso, nos dá oportunidade de expandir a agricultura de precisão e de melhorar a qualidade dos serviços públicos, principalmente de saúde e de educação."

O secretário de Telecomunicações substituto do MCTIC, Átila Souto, reforçou que a maior importância da nova tecnologia é o grande volume de dados que pode ser transmitido a grandes distâncias e para áreas remotas do país. Além disso, ela garante ao Brasil um assento em foros internacionais que discutem um padrão para o 5G.

Áreas remotas

A tecnologia nacional para a quinta geração de comunicação móvel foi desenvolvida pelo Inatel com o apoio do MCTIC. As pesquisas buscam a utilização da futura rede de comunicação móvel para levar o acesso à internet a áreas remotas e de baixa densidade populacional. Para isso, o Inatel desenvolveu um transceptor MIMO-GFDM Flexível, resultado de cerca de três anos de pesquisas, envolvendo mais de 30 pesquisadores do Centro de Referência em Radiocomunicações (CRR) do Inatel, criado com o apoio do MCTIC e Finep e mantido com recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), que investiu cerca de R$ 20 milhões no projeto.

O GFDM consegue transmitir mais dados sem causar interferência em outros usuários, tendo múltiplos serviços dentro da mesma banda e uma diversidade de aplicações que hoje não é possível com o 4G. A previsão com a rede 5G é aumentar o raio de cobertura, que atualmente é de 5 a 10 quilômetros, para 50 quilômetros, com banda larga de qualidade. O Inatel deverá continuar a fazer testes com a nova tecnologia e, em seguida, transferir a produção dos equipamentos para a indústria. A previsão é que a tecnologia chegue ao mercado até 2022.

O diretor do Inatel, Marcelo Marques, ressaltou que a tecnologia nacional de quinta geração tem potencial para superar as fronteiras da atual cobertura digital e prover o acesso universal à informação. Ele destacou que também haverá benefícios para toda a cadeia produtiva de softwares e hardwares do país, para atender uma nova gama de possibilidades que surgirão com as futuras redes 5G.

Marcelo Marques reforçou que o projeto é uma união bem-sucedida entre o poder público, a academia e a indústria. "O apoio do governo federal e as competências do Inatel estão possibilitando ao nosso país ficar, pela primeira vez, em posição de contribuir cientificamente e tecnologicamente com a criação de um padrão de comunicação móvel celular mundial."

Durante a demonstração da tecnologia 5G, o secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, disse que o projeto mostra para a sociedade os resultados da aplicação de recursos oriundos do Funttel. Já para a secretária Vanda Nogueira, a cerimônia de transmissão antecipa o sonho de permitir o acesso da população a todo o sistema de radiodifusão do país, de forma gratuita, pelo 5G.

Também participaram do evento o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade, o presidente interino da Telebras, Jarbas Valente, o representante da Finep, Fernando Ribeiro, e o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Igor de Freitas.

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