Bemol implanta solução para recuperação de desastres

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A necessidade de instalação de um site de contingência fez com que a Bemol optasse pelo processo de virtualização de seu data center, atendendo ao mesmo tempo a necessidade de contar com uma solução disaster recovery.  Ela conseguiu replicação do ambiente de TI sem a instalação de outros sistemas de terceiros e nenhum hardware específico. A migração e instalação de todo o site de contingência não demorou nem um mês.

A Bemol é uma das principais empresas de varejo e exportação da Região Norte do Brasil. Ao longo do tempo, tornou-se líder em quase todos os segmentos em que atua como linha branca, eletrônicos, móveis, telefonia, entretenimento, presentes e artigos de viagem. Hoje conta com 20 lojas físicas e uma loja virtual que atende em âmbito nacional. Agrega três centros de distribuição, sendo um em Manaus (AM), um em Porto Velho (RO) e outro em Rio Branco (AC).

A construção de um site de contingência foi o resultado de um projeto de virtualização do data center da Bemol. Desde o início, um site de contingência do data center principal para o backup estava previsto. Ainda sem conhecer a solução vCenter Site Recovery Manager (SRM), os profissionais de TI da Bemol acreditavam que precisariam reaproveitar o hardware dos servidores que foram substituídos na virtualização do data center. Porém, em 2013, foi feito um estudo para escolha das soluções que seriam ideais para suportarem um data center replicado a 22 quilômetros de distância do principal. "Queríamos uma solução que fosse o mais próxima possível do cenário que tínhamos criado e percebemos que a VMware foi a que mais nos atendeu, diante de outros grandes players do mercado", revela Jesai as Arruda, Gerente de Infraestrutura de TI da Superintendência de TI da Bemol. Afinal, toda a plataforma de virtualização já era VMware.

A vCenter Site Recovery Manager foi a solução que mais se adaptou ao que a empresa buscava. A ligação dos ambientes dos dois data centers próprios foi feita por fibra ótica. O principal desafio de Arruda e sua equipe foi aceitar a proposta do pessoal da divisão Professional Services Organization (PSO), da VMware, de fazer migração e instalação do SRM em dezembro – pico de movimento para empresas de varejo. "Ficamos inseguros. A equipe da VMware nos garantiu que todo o trabalho seria feito sem nenhum minuto de downsizing no nosso ambiente de TI. Então, assumimos o desafio e levamos essa proposta em frente", relata o executivo.

A solução

A partir de 2011, o crescimento das vendas nas lojas físicas e online gerou a necessidade de renovar o parque instalado de TI da Bemol. Nesse momento, a virtualização de servidores recém-adquiridos se mostrou uma boa ideia para multiplicar a capacidade deles. Nesta primeira etapa, 35 servidores foram virtualizados. Mais 18 seriam virtualizados posteriormente, pois tinham como principal função operar o sistema SAP para gerenciamento dos negócios.

essa altura, o ganho de desempenho dos servidores percebido pela equipe de TI já estava na média de 45%. "Foi um ganho muito expressivo. A partir daquele momento, não tínhamos mais a limitação das máquinas individuais e tínhamos um conjunto de recursos de hardware e software em operação", explica Jesaias Arruda.

Na fase inicial do projeto, quando os dois data centers começaram a operar, Arruda se mostrou muito satisfeito porque conseguiu agregar a ferramenta VMware, que é a base do sistema operacional da Bemol, onde está virtualizado todo o ambiente de TI com o SRM. "Hoje temos gerenciamento centralizado e replicação dos servidores, que baixaram nossa expectativa de recuperação de desastres de dois dias para quatro horas, com garantia da preservação das informações armazenadas no banco de dados", explica.

Impacto nos negócios

A velocidade das vendas no varejo, a necessidade de reposição de estoque e de uma logística eficiente fizeram com que a Bemol priorizasse o funcionamento da empresa de forma correta e planejada. Sem isso, não haveria como atender os clientes. O dinamismo que a nova realidade impôs foi conseguido graças à adoção do conceito TI como serviço e garantia da integridade dos dados. As soluções de virtualização e recuperação de desastres da VMware foram as premissas para que a Bemol entrasse no universo da cloud computing.

"Agora conseguimos planejar o tempo de cada atividade e tarefa a serem processadas. Os ajustes podem ser programados para serem feitos pelo próprio software ou pela equipe de analistas", comemora Arruda. Além da infraestrutura, o executivo conseguiu virtualizar aplicações. Todo o core da empresa está virtual. 95% dos servidores estão virtualizados com VMware. Hoje são sete servidores físicos.

A economia é outro grande diferencial que o projeto de virtualização trouxe como resultado positivo. A energia elétrica teve redução de 22% no consumo. O espaço físico exigido pela infraestrutura do data center anterior era de 60 metros quadrados. Agora são necessários apenas 25 metros quadrados – uma redução de mais de 50%. Em processamento, consultas e carga dos servidores físicos, houve redução de 40%. Arruda explica que toda essa economia está calculada em crescimento da empresa em torno de 20% ao ano em três anos, desde o início do processo de virtualização.

Agora que os dois sites próprios estão funcionando conforme o planejado, a meta da Bemol é construir a cloud híbrida. Segundo Jesaias Arruda, no momento a limitação regional ainda é o link de internet. Manaus tem uma diferença de preço por megabyte real muito grande em relação ao restante do país. Mas ele acredita que essa realidade mudará em médio prazo e seu objetivo será alcançado,

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