Gerenciar terceiros mitiga riscos e gera negócios

0

Em um mundo cada vez mais globalizado, conectado e competitivo, empresas de todos os setores dependem de uma rede robusta de parceiros, como terceiros intermediários, fornecedores, distribuidores, agentes, parceiros e prestadores de serviços. Esta rede é fundamental para empresas interessadas em ter projeção internacional, diferencial competitivo e espaço no mercado.

Apesar disso, os riscos associados a eles não podem ser terceirizados. Há casos notórios em que a falta de supervisão e de monitoramento adequados gerou consequências graves, com empresas expostas a riscos que impactaram performance, imagem e reputação.

As boas práticas em relação ao gerenciamento de riscos de terceiros defendem uma abordagem que estabeleça escopo, tenha processos definidos de avaliação, realize diligências prévias e compreenda como os terceiros estão fazendo negócios. Além disso, a implementação das metodologias existentes para essa finalidade precisa estar alinhada às especificidades de cada empresa, como tamanho, complexidade, perfil e apetite de risco.

Atualmente os principais desafios para a gestão de terceiros são: dificuldades na avaliação de riscos; falta de experiência em programas de diligência; ausência de sistemas de controle; falta de visibilidade dos negócios; risco de perda de dados e violações de privacidade; ausência de avaliação e monitoramento.

A edição mais recente da Pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil, conduzida pela KPMG, também destacou que os desafios dos profissionais da área estão associados à metodologia de coleta de dados, às avaliações de riscos e à utilização das informações disponíveis.

São desafios que impõem novas necessidades de negócios: a necessidade de avaliar, monitorar e gerenciar proativamente o desempenho de terceiros e implementar processos robustos para assegurar esse comportamento proativo.

Com a utilização crescente de dados, as avaliações iniciais de riscos podem ser realizadas com um volume maior de relacionamentos de maneira mais inteligente, rápida e barata. A análise humana pode ser aplicada para a diligência prévia em terceiros mais arriscados, onde os resultados iniciais precisam ser interpretados e pesquisas adicionais podem ser ampliadas.

Há outros benefícios importantes associados à implementação da tecnologia e análise de dados para gerenciar terceiros: alinhamento às atividades de compras e contratações; melhor entendimento do grau de dependência da contratante; menor redundância de atividades; maior uso da automação; implementação de processos ágeis e consistentes; melhor análise de custo-benefício; mais facilidade de prestação de contas ao Conselho.

Embora as empresas continuem enfrentando riscos complexos em ambientes dinâmicos e os reguladores permaneçam pressionando as empresas para que estejam conformes, continuará sendo essencial que os negócios mantenham uma abordagem sustentável para que o gerenciamento de riscos de terceiros seja efetivo. Nessa jornada de transformação mental e digital, com a integração de fontes complementares de informação, a avaliação completa e de alto valor agregado dos terceiros tornará as empresas de todos os setores mais competitivas e bem-sucedidas no mercado.

Emerson Melo (foto), sócio-líder de Compliance da KPMG no Brasil e  Ricardo Santana, sócio-líder de Análise de Dados da KPMG no Brasil.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.