Grupo NK adota rastreabilidade para movimentar produtos hortifrutigranjeiros

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O Grupo NK, um dos maiores varejistas do segmento hortifrutigranjeiro do país, adotou a rastreabilidade para controlar datas de validade de produtos, devido à grande quantidade de itens, ao abastecimento diário e à intensa movimentação dos alimentos na área de vendas feita pelos funcionários e consumidores. O varejista opta pelo do código de barras o padrão GS1 para melhorar o controle da movimentação dos produtos em suas sete lojas de hortifrúti do estado de São Paulo.

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil orientou a empresa a investir em tecnologia e na codificação de produtos por meio de uma solução completa de rastreabilidade, em parceria com a PariPassu, desenvolvedora de ferramentas que favorecem a rastreabilidade e a colaboração entre os participantes envolvidos. Outras empresas envolvidas no projeto são a HappyBiz – responsável pelo sistema de gestão empresarial (ERP) do Grupo NK – e a Cattena Food Change, prestadora de serviços e soluções no segmento de alimentação.

A iniciativa de implantar a solução começou há dois anos com o projeto de rastreabilidade e de melhoria de gestão das datas de validade do tomate Sweet Grape, um dos produtos comercializados pelo grupo. "Escolhemos esse produto porque o produtor aderiu à solução para conseguimos controlar a cadeia de abastecimento do começo ao fim", explica Julio Tadeu Aoki, sócio do Grupo NK.

Em 2013, o Grupo NK movimentou 585 toneladas do tomate – produto bastante sensível à ação do tempo e manuseio. A empresa varejista, fundada em 1983, em São Bernardo do Campo (SP), possui também uma base na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), onde compra seus produtos e depois distribui para as suas sete unidades. A empresa trabalha em conjunto com 18 produtores integrados, que estão localizados em São Paulo e Minas Gerais.

Tecnologia

O GS1-128 é o tipo de código de barras específico para área de logística e rastreabilidade. Ele pode conter informações como número serial, lote, data de validade, quantidade e número do pedido, dados importantes para um eficiente processo logístico.

De acordo com a assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil, Flávia Costa, o GS1-128 tem o papel de garantir maior eficiência logística e rastreabilidade ao processo da NK. "A motivação para o uso do padrão GS1 é assegurar que as informações para a rastreabilidade possam chegar até o varejo de forma eficiente sem risco. A identificação permite assegurar o controle do produto a cada etapa da cadeia produtiva". Esse é o diferencial do projeto: incluir toda a informação de rastreabilidade no GS1-128 e fazer o recebimento e o embarque por meio desse código.

Para o diretor de operações da PariPassu, André Donadel, o sistema de rastreabilidade proporciona um acompanhamento da cadeia como um todo, medindo o desempenho do produtor, packing house e varejo para apoiar a tomada de decisão. "Além disso, permite a gestão de risco em relação à segurança do alimento por meio de uma plataforma de recall", explica.

Já a HappyBiz, desenvolveu um módulo no ERP para fazer a gestão do Sweet Grape. "Com todo o processo de lote criado e com a respectiva data de colheita, conseguimos as datas de embalagem e validade dos produtos, identificando as informações por meio das etiquetas GS1-128 e do arquivo XML da nota fiscal eletrônica", diz o diretor de tecnologia da HappyBiz, Francesco Conventi.

Resultados

O projeto possibilitou um ganho significativo de qualidade para o Grupo NK, pois, ao compartilhar com os produtores rurais as eventuais falhas da mercadoria, eles podem corrigi-las rapidamente.
"Esse tipo de processo ajuda o produtor a diminuir as perdas e fornecer um produto com o padrão de qualidade esperado. Esse é o impacto da sustentabilidade: produzir mais com o mesmo recurso e ainda gerar menos perdas na cadeia produtiva", comenta o CEO da Cattena Food Change, Thomas Eckschimidt.

Nos estabelecimentos do Grupo NK, a gestão melhorou com o GS1-128, que automatiza os processos e dispensa a digitação. O maior ganho obtido com a rastreabilidade e a codificação foi a segurança do alimento. "Se identificarmos alguma falha na produção ou no peso do produto, por exemplo, rapidamente conseguimos fazer um recall e resolver o problema", diz Aoki.

No site da NK o consumidor tem acesso às informações do tomate desde a origem. "Hoje as pessoas estão mais atentas à questão da rastreabilidade, tanto em relação a produtos in natura quanto aos industrializados. Quem não se preocupar com isso ficará fora do mercado no futuro", acredita Aoki.

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