Como a economia colaborativa influencia os novos edifícios

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Colaborar, compartilhar, interagir, inovar…. Com a evolução da sociedade, esses verbos têm sido cada vez mais conjugados, colocados em prática. E o setor imobiliário também sente soprar os ventos desse movimento inovador.

O primeiro grande exemplo dessas mudanças surgiu com o site Airbnb, popular serviço de hospedagem colaborativa que permite a qualquer um colocar seu imóvel (ou apenas um quarto, compartilhando outros cômodos) para alugar por temporada, mês ou mesmo apenas por uma noite.

Fundado em 2008, o serviço já conta com mais de 3 milhões de acomodações disponíveis em cerca de 190 países, com um total de 200 milhões de hóspedes atendidos, incomodando as redes hoteleiras, mas deixando claro que esse espírito colaborativo veio para ficar.

No Brasil, onde o setor imobiliário costuma ser um tanto quanto conservador, já é possível notar iniciativas inovadoras no lançamento de edifícios residenciais. Empreendimentos como o Nomad (lançado em Moema) e o Moou (em fase de lançamento na Vila Madalena), por exemplo, devem incorporar ao estatuto do condomínio novas formas de uso do imóvel, como a possibilidade de locação por meio do Airbnb.

É possível encontrar nesse tipo de empreendimento a oferta de espaço nos prédios para o chamado coworking (quando pessoas de várias empresas compartilham a estrutura física e serviços) para quem quer trabalhar sem sair de casa e ao mesmo tempo conhecer outros profissionais, fazer networking. Afinal, a questão da mobilidade urbana impacta cada vez mais nossas vidas, não é?

E por falar em mobilidade urbana, também é possível encontrar nesse tipo de empreendimento serviço de bike sharing, com bicicletas que podem ser utilizadas por qualquer um dos moradores.  Como o espírito é estar mais próximo de seus vizinhos, até mesmo rede social interna dos condôminos, criada com o uso de um aplicativo para smartphone que gerencia esses e outros serviços, é possível encontrar.

As construtoras precisam estar atentas a esse novo jeito de viver e interagir de seus compradores. É preciso promover, por exemplo, a ativação das áreas comuns, pois estamos lidando com uma nova geração de moradores, com novas necessidades e costumes. Afinal, não estamos apenas vendendo apartamentos, mas sim um novo jeito de morar, mais autêntico, prático e interativo.

Silvio Kozuchowicz, presidente da SKR, construtora com 32 anos de mercado.

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