CPqD e Safe Trace incorporam blockchain na rastreabilidade da cadeia produtiva de alimentos
A tecnologia blockchain é a base de uma solução
inovadora de rastreabilidade da carne bovina, desenvolvida pelo CPqD em
parceria com a Safe Trace, empresa mineira especializada em rastreamento na
cadeia produtiva de alimentos. O MVP (produto mínimo viável) dessa solução já
está integrado ao sistema da Safe Trace, para avaliação junto a pecuaristas,
frigoríficos, centros de distribuição e grandes redes varejistas.
"O objetivo é assegurar a procedência e a qualidade do
produto, com transparência para todos os elos da cadeia produtiva da carne
bovina", afirma José Reynaldo Formigoni, gestor de Soluções Blockchain do CPqD.
Para isso, o sistema desenvolvido cria uma identidade digital baseada em
blockchain para cada boi a ser rastreado. É por essa identidade que as
informações sobre o animal, bem como sobre formação de lotes de produção,
movimentações, dados sanitários, de qualidade e transformação em produtos, são
trocadas entre os diversos atores dessa cadeia – o que envolve desde a fase de
produção na fazenda, o processamento na indústria (quando ocorre a
identificação de cada uma das partes do boi) até a disponibilidade da carne no
varejo. Com isso, cria-se uma trilha de auditoria, confiável e segura, da
procedência do animal.
"Se for detectada uma doença no gado de uma fazenda ou
região, por exemplo, fica mais fácil rastrear as peças de todos os bois que
possam ter sido contaminados, o que torna a localização mais eficiente e reduz
as perdas decorrentes do recall da carne", explica Formigoni. Ele acrescenta
que a integração de tecnologias blockchain a esse sistema dará transparência e
confiabilidade (com garantia de imutabilidade) dos dados para todos os atores
que fazem parte da cadeia produtiva da carne.
Vasco Picchi, diretor de Novos Negócios da Safe Trace,
destaca ainda que a nova solução permite contemplar também outras
características importantes para os consumidores, como a conformidade
socioambiental das propriedades, o bem-estar do animal, avaliações de qualidade
e todo o caminho percorrido pelo produto. "Dessa forma, é possível garantir
maior transparência e confiabilidade a todas as informações que levam à escolha
e valorização do produto", afirma Picchi.
Nesse projeto, o CPqD foi responsável pela criação da
rede blockchain e dos contratos inteligentes, bem como pelo desenvolvimento da
camada de serviços – que inclui as APIs de integração com sistemas de terceiros
(que fazem parte da rede). A ferramenta utilizada no desenvolvimento foi a
plataforma Hyperledger Fabric, mantida pela iniciativa global The Linux
Foundation.
Tags: centros de distribuição, frigoríficos, grandes redes varejistas, MVP, pecuaristas, plataforma Hyperledger Fabric, Produto Mínimo Viável
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