Modernizando a indústria de energia

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O setor de petróleo e gás tem sido muito atingido nos últimos anos, devido à queda acentuada do petróleo bruto e de outros preços das commodities, além do desenvolvimento de energias mais "limpas". Isto pode ser percebido, observando os movimentos recentes nas empresas deste setor.

De acordo com relatório publicado pela ANP em janeiro deste ano, com dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), o setor de petróleo e gás responde por 13% do PIB brasileiro. É uma indústria extremamente importante para o Brasil, responsável por milhares de empregos e pela injeção de bilhões de reais em investimentos.

No mesmo relatório, números da Agência Internacional de Energia apontam o Brasil como o 10º produtor mundial de petróleo e o maior produtor da América Latina. Em outubro de 2017, a produção de petróleo nacional foi de 2,6 milhões de barris por dia; enquanto a de gás foi de 115 milhões de m³ por dia. Entre 2005 e 2016, a produção de petróleo e gás no Brasil gerou, somente em participações governamentais (royalties e participação especial), R$ 295 bilhões. São números muito relevantes.

Por outro lado, vivemos um momento de transição. A pressão para reduzir o consumo de combustíveis fósseis aumentou. O Acordo de Paris é um exemplo disso. Países como Holanda, França e Alemanha já anunciaram que não irão mais vender veículos a gasolina e a diesel. Os carros elétricos ampliam sua presença. Outras fontes de energias renováveis, como a solar e a eólica, também avançam. Diante deste cenário, as empresas petrolíferas começam a diversificar negócios e investir recursos em projetos renováveis. A percepção da população mundial também mudou. A tendência é que o petróleo perca importância e se torne obsoleto no longo prazo.

Empresas de energia no Brasil e em todo o mundo tiveram que despedir funcionários, cortar investimentos ou se reequiparem para se manterem competitivas. Com a falta de investimentos em TI e o número reduzido de funcionários de todas as áreas devido a redução dos custos, os líderes de TI foram obrigados a sacrificar a inovação, enquanto o número de aplicativos e a quantidade de dados continuaram a aumentar em um ritmo muito rápido. Agora, as companhias de petróleo e gás buscam maneiras de melhorar sua eficiência nas operações de TI para competir no difícil cenário econômico.

Neste momento desafiador, o sucesso de algumas empresas pode ser a simplificação de sua infraestrutura, ao permitir que a equipe de TI mude seu foco para serviços de valor agregado que impactem diretamente o negócio. Dessa forma, essas organizações conseguem implementar e gerenciar, de forma rápida e fácil, seus departamentos de TI, com infraestrutura e aplicativos para vários casos de utilização de petróleo e gás.

Estes serviços incluem desde controle de supervisão e aquisição de dados, gerenciamento de geração, operações de pipeline, plantas químicas ou de gás, VDI, grandes iniciativas de big data, incluindo Hadoop/ Splunk, e muitos outros. Os objetivos das soluções são implementar, gerenciar e dimensionar a infraestrutura de TI e automatizar os ciclos de implantação. Dessa forma, poderão ser criadas aplicações de negócios, como a Delta-V, facilitando a configuração de clusters, além de criação de fluxos de trabalho de aplicativos para diminuição de ciclos de implantação de sites.

Neste momento, mais do que nunca, é crucial a busca de parceiros estratégicos que garantam a inovação para o setor de energia e, mais especificamente, para o setor de petróleo e gás, ajudando as organizações a melhorar sua eficiência de TI, tornando suas operações mais lucrativas e aderentes ao cenário econômico atual.

Leonel Oliveira, gerente geral da Nutanix Brasil.

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