Um novo modelo de monitoramento dos pacientes psiquiátricos atendidos no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Psiquiatria, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), na capital paulista, tem contribuído para ampliar a adesão deles ao tratamento.
Com a implantação do sistema de Gerenciamento de Caso Eletrônico a adesão de pacientes psiquiátricos ao tratamento chegou, em média, a 80% nos últimos dois anos, índice 33% superior ao observado na literatura médica, que é de 60%. Mensalmente, são realizados 6,2 mil atendimentos no local.
Por meio de prontuário eletrônico, os dados dos pacientes do AME são registrados e compartilhados entre a equipe em tempo real. Caso o paciente falte a uma consulta, são verificados no prontuário informações relevantes como os riscos aos quais ele está exposto, seu histórico de saúde e situação familiar e social, entre outros.
Essa análise permite que a equipe elabore uma abordagem específica ao entrar em contato com o paciente. Ao falar com o usuário, a equipe avalia o motivo pelo qual faltou, oferece o suporte necessário e busca o reagendamento da consulta.
"A humanização é fundamental. O paciente sente que está sendo acompanhado de perto pela equipe médica, o que faz muita diferença. A adoção do prontuário eletrônico permitiu não só modernizar o registro de dados do paciente, como também melhorar a qualidade da assistência, garantindo a continuidade do tratamento e melhor evolução do quadro", afirma Denise Amino, diretora do AME Psiquiatria.
No AME são oferecidos atendimentos psicológico e psiquiátrico, terapia ocupacional, serviço de enfermagem, consultas com clínicos gerais e neurologistas. A unidade disponibiliza tratamentos para transtornos como de ansiedade, humor (depressão), aqueles decorrentes do uso de álcool e drogas e os psicóticos, como esquizofrenia, entre outros.