O dilema entre a autonomia digital e a segurança

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O papel do CIO está mudando drasticamente e as expectativas nunca foram tão grandes com relação à sua visão de negócios. Não basta prover uma TI que simplesmente funciona, o CIO precisa gerar maior competitividade aos negócios, gerenciar a velocidade das mudanças digitais e ainda prover boa experiência ao usuário.

Seus desafios são cada vez maiores. Os CIOs precisam mostrar boa afinidade com operações, vendas, marketing e, claro, com a estratégia de negócios. Outro grande desafio é implementar com sucesso políticas de segurança para o uso de aplicações, pois em tempos de BYOD, mobilidade, trabalho remoto e transformação digital, lidar com a autonomia digital dos usuários não é tarefa fácil. Muitos deles, com intuito de fazerem mais em menor tempo – buscam usar aplicações não previamente autorizadas pela empresa – prejudicando o trabalho de TI.

Mesmo com tantos riscos à segurança, o gestor de TI não pode barrar o usuário, mas sim controlá-lo. Com esse cenário, entra em cena a  modalidade do software como serviço (SaaS), a qual aparece como uma alternativa segura e de fácil acesso por parte do usuário.

Por diferentes razões o Saas só cresce. O Gartner estima que essa modalidade impulsionará o crescimento de praticamente todos os segmentos de software em 2019. Só em software na nuvem, a expansão será de 22%.  A expansão da tecnologia confirma a estratégia da transformação digital.

Segundo estimativas da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), 40% dos associados terão que migrar para o modelo SaaS nos próximos quatro anos ou correm o risco de fechar as portas. Muito mais do que uma mudança de tecnologia, de um ambiente cliente/servidor para o acesso via browser, o SaaS ou PaaS (Platform-as-a-Service) é um novo modelo de negócios. 

Outro ponto crucial para o SaaS é o SLA (o acordo de qualidade de serviço), que será um fator determinante para se obter vantagens competitivas. Nesse momento, entra a tecnologia e todo o processo passa a rodar na nuvem – além da garantia de segurança, à prova de ataques cibernéticos e falta de energia ou comunicação, bem como o suporte para clientes, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Soma-se a isso a inclusão da marca d' água nos documentos e o single sign on  –  os dados ficam restritos aos muros da empresa, sem compartilhamentos por emails pessoais, pendrives e outras redes desconhecidas do departamento de TI. Se antes os usuários acessavam as aplicações diretamente, agora eles precisam passar pelo crivo do controle de acesso.

A implementação do single sign on em um espaço de trabalho melhora a experiência do usuário final e garante políticas de acesso consistentes em todas as aplicações. Já  a marca d´água garante a rastreabilidade, pois com o nome do usuário no documento, é possível saber sua origem. Com uma estratégia de acesso seguro, a TI pode pelo menos dormir sem sobressaltos, pois as interações dos usuários estão armazenadas e controladas. 

Diante deste cenário, as empresas precisam de um espaço de trabalho digital seguro para garantir que os dados estejam protegidos, já que atualmente este é o maior valor que uma organização pode ter. A TI e os usuários podem criar juntos este perímetro definido por software e com reconhecimento de contexto que atua de forma proativa nos ambientes híbridos e multicloud, para que a tecnologia contribua para o crescimento dos negócios.

Luis Banhara, diretor geral da Citrix Brasil.

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