A tecnologia vai salvar a logística brasileira?

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Historicamente, investir em infraestrutura e logística consta no alto da lista de prioridades em nações cuja economia tem potencial de expansão. No Brasil, por exemplo, os desafios de transporte são fatores essenciais de análise ao se buscar explicações para os entraves sofridos por nossos negócios, tanto internos quanto externos. A mesma premissa vale para empresas: uma vez que um mercado exige entregas e distribuição, contar com estruturas e ferramentas que facilitem o escoamento e o acesso aos clientes determina seu potencial de crescimento e os destinos de investimentos e inovação.

Diante de um cenário ainda instável e da pressão empresarial, nos últimos anos o governo brasileiro anunciou medidas com o objetivo de ampliar os recursos destinados à infraestrutura do país. Pacotes de investimento foram lançados e acompanhamos a liberação de diversas concessões de portos, ferrovias, rodovias e aeroportos à iniciativa privada. A estrutura deve melhorar, mas diversos outros fatores interferem para fazer com que a logística ganhe espaço no desenvolvimento do país.

No âmbito da inovação, o mundo passa ainda por um momento eufórico. A cada dia surgem novidades e soluções capazes de alterar toda a conjuntura mercadológica de um setor. Tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial têm força para revolucionar a produção e a distribuição, iniciando uma nova fase industrial. Centenas de líderes e gestores começam a perceber a necessidade de digitalizar e otimizar as estratégias logísticas. Na última década, transformar a gestão em um processo virtual era privilégio de algumas empresas, mas, para os próximos anos, quem não adotar o modelo dificilmente continuará no mercado.

Impulso à economia

Vivemos em um período ainda crítico para a economia brasileira. A expectativa é de mais alguns meses de crescimento mínimo, para que, só então, o país volte finalmente a se desenvolver. A perspectiva positiva a médio prazo indica que esta é a hora certa de buscar impulsos e tendências, para acompanhar a virada econômica prevista, até então, para o próximo ano. A virada do semestre marca o momento certo de analisar resultados, fazer ajustes e definir investimentos assertivos, principalmente voltados para a tecnologia.

O foco em inovação, aliado aos investimentos em estrutura, tende a gerar resultados consideráveis ainda em 2017. O Brasil é destaque nos setores agroindustrial, automotivo e de energia limpa, áreas de grande importância para o aquecimento da economia. Na logística, alguns desafios ainda impedem serviços de ponta, mas é clara a abertura do segmento para avanços representativos já em um futuro próximo.

Para colocar o Brasil entre os países de referência em logística, é importante olhar para a frente, copiar bons modelos e investir em inovação. Soluções antes vistas como futuristas começam a se tornar realidade e fica para trás quem não as acompanha. Tendências como o transporte autônomo e a realidade aumentada devem transformar as operações logísticas em todo o mundo, criando um novo modo de executar e gerenciar as ações da área.

Os próximos meses vão ser definitivos para a economia brasileira e para o crescimento tecnológico de soluções em logística. A era do mobile e o avanço do comércio eletrônico alteram consideravelmente os ciclos de consumo, exigindo ferramentas que possibilitem agregar produtividade, qualidade e agilidade às operações. Encontrar a melhor forma de alcançar o sucesso no mercado e na economia é um desafio que será enfrentado ao longo dos meses, mas já se sabe que serão tempos de mudanças impactantes para a construção de um futuro promissor.

Humberto Matesco, CEO da HBSIS.

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