Cinco tendências para o setor de coworking

0

Há cinco anos acompanho de perto o surgimento e a evolução de espaços coworkings no Brasil. Durante esse período, identifico alguns movimentos de mercado que têm se intensificado e permitido prever não só a sua continuidade, mas também o seu crescimento e maior relevância para as pessoas.

Acredito que 2016 será excelente para o mercado de coworking no Brasil. Penso que será um ano marcado pela evolução de espaços e serviços e uma maior aceitação por parte das empresas, que cada vez mais estão vendo o valor de ter seus colaboradores em um ambiente compartilhado.

Abaixo, alguns pontos que considero importantes dar atenção nesse ano e que devem se tornar tendências para os próximos:

  1. Grandes empresas migrando para espaços compartilhados

Já faz tempo que coworking deixou de ser sinônimo de espaço de trabalho para profissionais freelancers, autônomos e startups, sendo cada vez mais comum ver empresas buscando espaços compartilhados e geridos por terceiros. Trata-se de um movimento que representa redução de custos, simplificação de suas operações, além de maior networking e colaboração. O momento que vivemos hoje no Brasil requer constante inovação e, para isso, nada melhor do que estar em um espaço compartilhado com diferentes tipos de empreendedores e dispostos a trocar experiências e informações. Já temos observado espaços de coworking hospedando empresas com mais de 50 pessoas.

  1. Maiores espaços

Um dos maiores valores nos espaços de coworking é a diversificação e densidade de pessoas. Tendo uma boa gestão de comunidade, espaços com maior número de pessoas enriquecem as oportunidades de informação e geração de projetos e negócios. Além disso, para os gestores de coworking espaços maiores são interessantes porque diluem custos fixos e aumentam a circulação de pessoas. Ao longo dos últimos cinco anos novos espaços foram nascendo três ou quatro vezes maiores do que os primeiros.

  1. Coworkings temáticos

Espaços de coworking temáticos têm a força de concentrar empreendedores, serviços, recursos e conteúdos focados em um determinado assunto. Isto cria um poderoso hub para a troca de conhecimento especializado, além de serviços e equipamentos específicos para atender a comunidade. Espaços brasileiros seguem o mesmo caminho de sucesso de exemplos como o Fashion&Tech Lab, localizado em Paris e focado em moda, e o The Game Nest, localizado em San Francisco e focado em games. Também temos visto o surgimento de muitos espaços com foco em mães e que oferecem serviço de creche para bebês, como faz o Work Around, em NYC, por exemplo.

  1. Coworkings corporativos

O ano de 2015 foi marcado pelo nascimento do CUBO, primeiro espaço de coworking vinculado a uma grande corporação, o Banco Itaú. Ainda no primeiro semestre de 2016 teremos a inauguração do Google Campus dando continuidade a este movimento. Acredito que nos próximos tempos veremos a abertura de diversos novos espaços vinculados ou patrocinados por grandes empresas. O que motiva as corporações a criarem estes espaços vai desde o interesse de promover inovação e oportunidades de negócios, até campanhas institucionais e interesse de impactar positivamente a sociedade.

  1. Chegada de players internacionais

2016 também deve ser marcado pela presença do WeWork no Brasil, maior empresa de coworking no mundo e com mais de 60 espaços espalhados em 7 países. A chegada deles será positiva para promover o conceito de espaços compartilhados e contribuirá para que novas pessoas e empresas passem a conhecer as vantagens do modelo. A Regus que, embora já tenha forte presença no Brasil com um modelo corporativo, vem sinalizando que irá investir e se modernizar, já que em 2015 adquiriu duas empresas Europeias, e é possível que expanda o modelo de coworking usando estas novas marcas.

Jorge Pacheco,  CEO e fundador da Plug.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.