Empresas procuram novas habilidades na hora de contratar talentos tech

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"As habilidades que serão mais solicitadas no futuro serão as mais difíceis de serem treinadas: resiliência, desenvoltura e flexibilidade". Essa frase é do futurista Thomas Frey e, embora não pareça, tem tudo a ver com tecnologia. Cada vez mais, será necessário que o trabalhador tenha uma sólida compreensão de como gerenciar melhor as crescentes demandas online e de que forma pode administrar bem sua distração, seus relacionamentos com as pessoas e com a tecnologia. Essa é a chave para se permanecer relevante no trabalho do futuro.

E esse tipo de trabalho vai demandar cada vez mais programadores. Na América Latina, por exemplo, mais de um milhão de empregos serão criados com foco em programação até 2025. Esses profissionais deverão ter não só conhecimento técnico, como também habilidades socioemocionais.

De olho nesse cenário, a Laboratória, organização social peruana, oferece um bootcamp de 6 meses em programação apenas para mulheres. "Durante 180 dias, cerca de 60 estudantes que não tenham tido muitas oportunidades na vida, são capacitadas com a metodologia ágil. Divididas em squads, as alunas aprendem sobre UX Design, Javascript e, mais importante, como desenvolver a autoaprendizagem", afirma Regina Acher, cofundadora da Laboratória no Brasil. No país, já foram formadas mais de 100 alunas e 90% estão trabalhando na área.

Com o acompanhamento de uma psicóloga durante todo o curso, as mulheres, desde o início, são incentivadas a trabalharem em equipe, aprendendo assim como aperfeiçoar a flexibilidade e a desenvoltura no ambiente de trabalho.  Também são estimuladas a serem protagonistas de suas carreiras e, ao longo dos 6 meses, aprendem a dar e ouvir feedback de forma respeitosa, ter uma comunicação mais eficaz, gerir o tempo, fazer apresentações e solucionar problemas.

A fim de conectar as mulheres com o mercado de trabalho, a Laboratória organiza, após o final de cada curso, o Talent Fest, um hackathon de 36 horas que reúne as estudantes formadas e as empresas parceiras da organização.

Divididas em times, as alunas têm que resolver desafios propostos por empresas, que enviam profissionais de RH e da equipe de desenvolvimento para acompanhar o desempenho de cada uma delas e avaliar a possibilidade de contratação. O talent match engloba as necessidades das organizações e os perfis das mulheres, garantindo assim a melhor combinação em prol de resultados efetivos para ambos os lados. 

"A capacidade de uma organização criar valor depende de suas pessoas e o talent match ajuda os líderes a identificar esses papéis, que são fundamentais e vão determinar o sucesso das empresas. Ao final de cada bootcamp, temos cerca de 60 alunas com perfis distintos e organizações com culturas diferentes que querem nossos talentos. Não tenho dúvida que o Talent Fest é um momento crucial para o sucesso da Laboratória, pois é nele que garantimos um bom talent match", completa Regina.

No Brasil, a Laboratória conta com o apoio da IBMEC-SP e Accenture.

9 habilidades em que os recrutadores estão de olho 

  • Planejamento
  • Gestão de tempo
  • Autoaprendizagem
  • Oratória
  • Adaptabilidade
  • Solução de problemas
  • Trabalho em equipe
  • Capacidade de dar e receber feedback
  • Comunicação eficaz

A Laboratória é uma organização social sem fins lucrativos que forma mulheres e prepara organizações na construção de uma economia digital mais diversa, inclusiva e competitiva em toda América Latina.

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