Fluidez e honestidade: geração Z e honestidade em 2025

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Você conhece alguém que nasceu entre 1995 e 2010? Seu filho ou filha, talvez? Pois essa é a Geração Z, depois dos baby boomers e da atual geração Y. Se você, assim como eu, conhece alguém desta geração, provavelmente não vai se surpreender muito com alguns pontos desse texto, mas você já pensou que daqui a 10 ou 15 anos a principal geração consumidora será a Z?

Em um painel na SXSW, Jaclyn Suzuki, diretora criativa da Ziba Design, me convenceu em pouco mais de uma hora que, se estamos tendo dificuldades em vender e criar produtos para a geração Y, então, já passou da hora de se preparar para a geração Z.

De acordo com a Jaclyn, a geração Z é a população com maior diversidade étnica da história dos EUA e eu, particularmente, arriscaria um "do mundo" também. Mais de dois terços dessa geração acreditam que o sexo não define sua identidade e 81% dizem que possuem múltiplas identidades online. A Geração Z está desenvolvendo uma amplitude de identidade maior que qualquer geração anterior, e esta estrutura instável e difusa de identidades tem implicações significativas para os produtos e serviços ao longo dos próximos 10-20 anos.

Até aqui me pareceu algo que faz todo sentido, como eu disse, para quem conhece essa geração de perto, não pareceu uma grande novidade. Mas a pergunta a seguir, essa sim é a que interessa. "Sua empresa vai estar preparada para estas novas estruturas? "

E mais, vai conseguir participar efetivamente na sua evolução? De acordo com Jaclyn Suzuki você pode e deve se preparar para essas "novas normas", agora. Para as marcas e produtos, o impacto será na próxima década quando as crianças da Geração Z crescerem, começarem a ter seus próprios rendimentos, e começarem a influenciar a sociedade e a economia.

Confesso que foi neste momento que mudei de postura na cadeira e agucei minha atenção. E Jaclyn não me decepcionou: com exemplos claros e objetivos, passou algumas ideias de como podemos encarar esse futuro.

  1. Representar a realidade sem rotulá-los: 47% da Geração Z se considera uma minoria e que não se encaixa em definições tradicionais. Então, precisamos deixar que se expressem e evitar enquadrá-los em categorias. Outra maneira de pensar sobre isso: cuidado ao estabelecer uma identidade, ou um estilo, ou definir um caso de uso. É mais importante ouvir o maior número de vozes e realmente entender suas diferenças.
  2. Marcas e produtos são apenas ingredientes para marcas e identidades individuais na Geração Z e eles vão usá-los das maneiras mais inesperadas possíveis. Além disso, marcas e produtos não são um estímulo e sim um apoio, uma forma da geração Z realizar seus objetivos.
  3. Como parte da redefinição de objetivos, a geração Z vai desenvolver afinidade pelas marcas com base mais nos seus valores e menos nas suas características ou recursos, por isso o marketing deve concentrar seus esforços em mostrar quais são os valores da marca e menos no benefício do produto.

Ou seja, para as marcas, isso significa que os Zs não se preocupam com a marca e o logotipo. Eles querem simplicidade, estilo, e as coisas que se encaixam em sua identidade.

Confesso que fiquei curioso para ver como faremos essa adaptação, porque essas identidades flutuantes devem causar um sentimento bem instável de afinidade com as marcas e isso será um grande desafio para o marketing, pois com certeza essa é uma geração camaleão.

E claro, se você, assim como eu, ficou curioso sobre o nome da geração depois da Z (acabou o alfabeto!), fique sabendo que eles serão os Alpha.

Rodrigo Fantinatti, business manager da CI&T e está em Austin (EUA) acompanhando o SXSW 2016.

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