"Guerra das maquininhas" ganha novo concorrente

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Para concorrer na chamada "guerra das maquininhas", está iniciando sua atividade no mercado brasileiro a InfinitePay, maquininha lançada em junho pela Cloudwalk, uma fintech fundada em 2013, com bases no Vale do Silício e no Brasil.

A InfinitePay se apoia em dois pilares para brigar no disputado mercado de adquirentes no Brasil: taxas menores e transparência total. Para convencer os clientes cansados de cair em pegadinhas por trás de promoções repletas de asteriscos, a InfinitePay tem um simulador no site (infinitepay.io/#simulador). Uma calculadora mostra em tempo real quando e quanto o varejista irá de fato receber em comparação com os principais concorrentes.

"Queremos mudar a cara do mercado de maquininhas, deixá-lo mais parecido com o que vemos lá fora", afirma Luís Silva, CEO da Cloudwalk. "Se você olha os resultados das empresas, elas não estão ganhando dinheiro com a operação, mas sim com antecipação de recebíveis".

Não há nenhuma mágica por trás das taxas tão mais atraentes na InfinitePay. Elas são possíveis pela escolha de um modelo econômico diferente do praticado historicamente no Brasil – uma "jabuticaba" que prevê parte importante da receita vinda da taxa de antecipação de recebíveis. O antigo duopólio estabeleceu que varejistas só receberiam os valores pagos por seus clientes após um intervalo de 30 dias. Para antecipar esses valores, precisavam pagar taxas que variavam de 12% a 35%.

"A InfinitePay faz essa antecipação cobrando um valor muito próximo à taxa básica de juros, que hoje está em 5,5%", diz Silva. "É como funciona em países da Europa e nos Estados Unidos, onde as empresas de pagamento ganham dinheiro com as transações, que é o serviço que de fato estão oferecendo".

Para garantir a rentabilidade nas transações, a InfinitePay conta com uma tecnologia desenvolvida do zero para atender o mercado, baseada em blockchain e inteligência artificial. Assim, tarefas como processamento, análise de crédito e antifraude consome muito menos recursos do que a estrutura de concorrentes, que precisam lidar com sistemas legados enormes. "Nosso custo de processamento por transação chega a ser 35 vezes menor do que de concorrentes de capital aberto", afirma Silva.

Robustez financeira

Longe de ser uma aventureira em um mercado que está em alta, a Cloudwalk, criadora da InfinitePay, é uma fintech fundada em 2013, com bases no Vale do Silício e no Brasil. Os sistemas de pagamento da Cloudwalk funcionam em mais de 250 mil maquininhas e processaram nos últimos 18 meses cerca de R$ 4,2 bilhões.

Para lançar a InfinitePay, a Cloudwalk captou no ano passado R$ 25 milhões numa rodada A de investimentos, em que participaram o fundo americano The Hive, o banco Smartbank e a FIS. É o Smartbank que oferece a linha de crédito disponível para os varejistas – hoje estimada em R$ 6 bilhões. Entre os acionistas também está a PlugAndPlay, uma das maiores aceleradoras de startups do mundo, que apostou no início de empresas como Google, Paypal e Dropbox.

Após rodarem um piloto de 3 meses numa cidade no interior de São Paulo, a Cloudwalk iniciou as vendas da InfinitePay diretamente pelo site no último mês de junho. A configuração é feita online e o cliente recebe a maquininha já pronta para ser usada em qualquer cidade do Brasil. Os resultados dos dois primeiros meses de venda já impressionam. "Com uma equipe de 10 pessoas nesse esforço comercial inicial, batemos 10% da venda diária de um de nossos concorrentes que está listado em bolsa", afirma Silva.

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