Às voltas com uma ampla reestruturação, antes da integração de suas operações à Dell, pela qual foi adquirida em outubro do ano passado em uma transação avaliada em cerca de US$ 67 bilhões, a EMC confirmou nesta sexta-feira, 8, que deve cortar vários postos de trabalho, embora não tenha informado o número de empregados que serão demitidos. As dispensas começaram esta semana, informa o site TechCrunch.
Atualmente com 50 mil funcionários espalhados pelo mundo, a fabricante de software e equipamentos para armazenamento de dados disse apenas que espera que todo o processo seja concluído até o fim deste primeiro trimestre, o que, segundo alguns analistas, indica que o número de demitidos deverá ser expressivo.
Os indícios de que a EMC iria eliminar uma parte significativa de sua força de trabalho surgiram no fim de dezembro, quando a empresa enviou à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula as empresas cotadas em bolsa nos Estados Unidos, documento informando que implementaria medidas para o corte de custos no valor de US$ 850 milhões.
Logo após o anúncio de sua aquisição pela Dell, a EMC, junto com a VMware, na qual detém 80% de participação, informou que faria um spinoff da Virtustream, adquirida pela EMC em maio do ano passado por US$ 1,2 bilhão, que se tornaria uma empresa independente de propriedade conjunta. O plano era que resultados de Virtustream seriam contabilizados nos livros da VMware.
A ideia de atrelar os resultados da Virtustream ao balanço da VMware não foi bem recebida pelos acionistas e o preços dos papéis começaram a cair dia após dia. Finalmente, no mês passado, numa tentativa de parar o sangramento das ações, a empresa anunciou que estava saindo da Virtustream. Desse modo, a EMC continuará com a nova empresa e a VMware não estará mais envolvida.
O corte de custos demonstra que a EMC continuará a operar de forma independente até o processo de aquisição pela Dell estar concluído.