O Brasil irá sediar no ano que vem o primeiro data center da Oracle instalado na América Latina. A informação é de Mark Hurd, CEO global da empresa, que abriu nesta quarta-feira, 11, o seminário Cloud World, em São Paulo, sem porém revelar o investimento ou detalhes como capacidade de armazenamento do novo site.
Segundo ele, a iniciativa mostra o compromisso da empresa com a região, especialmente o Brasil, cujo mercado vem crescendo de forma rápida e expressiva, motivo pelo qual o país foi escolhido para receber o novo data center. “Com ele teremos oportunidade de ganhar market share na região com a oferta de serviços em cloud”, enfatizou.
A Oracle já possui 18 data centers espalhados pelo mundo, que hoje podem ser acessados por empresas latino-americanas, mas a presença local será fator determinante para a estratégia de expansão de serviços na nuvem, os quais já somam atualmente cerca de US$ 1 bilhão em receitas anuais para o cofre da companhia, que até bem pouco tinha suas vendas centradas no modelo de licenças de uso (on premises).
De acordo com o estudo IDC Latin America IT Investiments Trends, de julho passado, os benefícios esperados pelas empresas brasileiras ao implementar cloud são reduzir o custo com aquisição de hardware (23%), reduzir despesas com licenças e manutenção de software (19%), melhorar a produtividade das equipes de TI e o nível dos serviços (22%), reduzir o custo total com desenvolvimento de software personalizado e suporte (21%) e diminuir gastos com energia e relacionados (7%).
“Por isso, estamos muito empolgados em proporcionar aos nossos clientes e parceiros da América Latina acesso à funcionalidade empresarial de missão critica e líder no setor de serviços na nuvem, por meio do nosso novo datacenter”, enfatizou Hurd, acrescentando que recentemente a Oracle fez um investimento significativo ao instalar uma nova sede em São Paulo.
Lançamento
O executivo aproveitou a vinda ao país para também anunciar o Oracle Exadata Database Machine X4, quinta geração do equipamento voltado para operar banco de dados, que aumenta o desempenho em relação aos modelos anteriores, principalmente em termos de desempenho e qualidade dos serviços para OLTP, consolidação bancos de dados e data warehousing. Esta nova versão oferece um desempenho dez vezes mais de uptime (tempo de atividade) e eficiência para ajudar as empresas a simplificar as operações.
Segundo a empresa, as taxas aleatórias de I/O (entrada/saída) do novo Oracle Exadata, cruciais para aplicativos OLTP, foram melhoradas em quase 100%, chegando a 2,66 milhões de leituras de banco de dados de 8K e 1,96 milhões de gravações, mesmo com a compactação total de flash ativada. A capacidade de realizar a compactação em milhões de I/Os por segundo elimina o velho conflito entre alto desempenho e alta eficiência. O throughput (taxa de transferência) de dados de um Oracle Exadata de um único rack é de 100 GB/segundos, o que excede o rendimento de matrizes totalmente em flash, mantendo a economia da hierarquização de disco.
O novo modelo é totalmente compatível e capaz de funcionar em conjunto com versões anteriores, permitindo que os clientes com versões anteriores possam expandir para a versão mais recente do sistema. Além disso, o novo software do Oracle Exadata aceita todos os sistemas de hardware e banco de dados de gerações anteriores.