As linhas tradicionais que separavam a vida e o trabalho mudaram para sempre, por conta das ferramentas de mobilidade. Há menos e-mails acumulados, as mensagens são respondidas em segundos e os aplicativos foram otimizados para os usuários em trânsito.
E qual é a extensão dos benefícios da mobilidade nos negócios atuais? Os clientes sempre nos fazem perguntas para tentar quantificar essas melhorias, como “qual o aumento na produtividade da minha força de trabalho?” ou “qual o impacto da mobilidade na contratação e retenção dos funcionários?”, por exemplo.
Em busca de respostas, a Aruba realizou um levantamento, com o apoio da unidade de pesquisa da The Economist (Economist Intelligence Unit – EIU), sobre mobilidade na força de trabalho global. Divulgado em abril, ele forneceu percepções sobre os benefícios do investimento em tecnologias que melhoram o engajamento dos funcionários e os resultados dos negócios.
GenMobile
Primeiro, o estudo mostrou que há um conceito equivocado, porém muito comum, de que a geração batizada como Millenium é a que mais se beneficia ao estar conectada e com mobilidade. Isso não é verdade.
A pesquisas aponta que os trabalhadores ao longo de todo o espectro – de 18 a 65 anos – têm perspectivas semelhantes sobre a importância da mobilidade e ambientes de trabalho conectados. Os resultados mostram que 100% dos funcionários entrevistados possuem smartphone ou usam um celular da empresa, ou os dois.
Em outras palavras, todos os funcionários fazem parte da GenMobile (a geração conectada e com mobilidade), que é um parâmetro demográfico que não leva a idade em consideração, melhor descrito com base na afinidade por dispositivos móveis, não pelo ano de nascimento. Os funcionários estão aptos para a mobilidade, e o fato se uma empresa tira ou não proveito disso tem um impacto direto no desempenho dos negócios.
Mobilidade vai além da rede wi-fi
É importante compreender que a disseminação da mobilidade no trabalho vai além do fornecimento de uma rede sem fio para acesso à internet de alto desempenho. Isso envolve também pegar as ferramentas que intensificam o espírito criativo e colaborativo, que é um requisito fundamental para que qualquer empresa seja inovadora, e disponibilizá-las em sua organização.
Nosso estudo mostrou que os principais condutores na questão da mobilidade são duas vezes melhores na entrega de ferramentas flexíveis e colaborativas no trabalho. Eles também são três vezes melhores no suporte a configurações do ambiente de trabalho de qualquer lugar e a qualquer momento. Essas áreas de trabalho fornecem aos funcionários opções de interação com as pessoas apropriadas em dias e projetos específicos.
As empresas com foco em mobilidade apresentam outras vantagens competitivas, que incluem:
- Elas são 1,5 vez melhores no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
- 2,5 vezes superiores quando o assunto é promover inovação e criatividade.
- 2 vezes melhores em conseguir o melhor de seus funcionários.
Ganho de 320 horas por ano, por funcionário
Nas empresas “mobile-first”, um projeto que geralmente levaria oito horas para ser concluído é feito em cerca de sete horas. Isso corresponde a um ganho de aproximadamente uma hora por pessoa, não importa o tamanho, o tipo ou a localização da empresa.
Analisando isso em detalhes, esse ganho na produtividade a cada dia de trabalho corresponde a cerca de 320 horas por ano. Isso significa mais de oito semanas adicionais de produção por funcionário. Em termos gerais, esse benefício é enorme. Para uma organização global com 10.000 funcionários, isso representa 3,2 milhões de horas de produtividade recuperadas anualmente, ou 80.000 semanas.
Atração e retenção de talentos
Além da produtividade, quando conversamos com os empregadores, geralmente ouvimos sobre a importância de atrair e reter talentos para impulsionar a inovação. Em geral, as empresas com foco na mobilidade são três vezes melhores na atração de trabalhadores. Elas também apresentam maiores taxas de retenção, relatando fidelidade do funcionário 21% maior.
Da perspectiva do funcionário, um quarto de todos os trabalhadores disse que a possibilidade de trabalho remoto é o principal fator para aceitar um emprego. Regionalmente, o impacto pode ser ainda maior. Por exemplo, mais de um terço dos funcionários afirma que a mobilidade é seu principal fator na hora de escolher um emprego na Alemanha (36%) e no Japão (38%).
O estudo mostra ainda que há um grande campo a explorar para a mobilidade: somente 11% de todas a companhias têm uma estrutura otimizada nesse aspecto. Além disso, pelo menos 50% das organizações foram consideradas atrasadas em relação ao trabalho móvel.
Todas empresas são capazes de ganhar com a mudança da abordagem. Afinal, com investimentos criteriosos e estratégicos em mobilidade, grandes oportunidades surgem para ganhar competitividade e conquistar uma melhor posição no mercado em relação à concorrência.
Hilmar Becker, country manager da Aruba no Brasil.