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Como os dados estão transformando a tomada de decisão para líderes empresariais

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Os dados são abundantes – tão abundantes que às vezes é difícil imaginar a sua escala. Em 2020, os volumes de dados globais foram estimados em 64,2 zetabytes. Em 2025, a expectativa é que este número seja quase triplicado, atingindo 180 ZB. Na verdade, a curva do volume de dados está se acentuando para cima à medida que novas tecnologias chegam ao mercado. Por exemplo, os veículos autônomos podem gerar 1,4 TB de dados a cada hora.

No entanto, há muito tempo as empresas se esforçam para conseguirem liberar completamente o valor dos dados em uma organização. Por mais valiosos que sejam, estes dados muitas vezes ficam em silos, não estruturados e não utilizados. Isto gerou um paradoxo nos círculos de big data: se os dados são tão valiosos, por que quase metade dos projetos nunca passa do estágio piloto?

Um relatório recente da 451 Research encomendado pela BMC e intitulado Resultados Lucrativos Vinculados à Maturidade Orientada por Dados, sugere que as coisas podem estar mudando. As organizações estão dobrando seus investimentos em gerenciamento de dados apesar de um clima econômico incerto, e eu acredito que podemos estar vendo o surgimento de um ciclo virtuoso. As estratégias de gerenciamento de dados geram sucesso, o que cria mais investimentos, que acabam gerando mais sucesso, e assim por diante.

É uma transformação que me deixa entusiasmado, em parte devido aos efeitos posteriores. O crescimento dos dados pode estar mudando a maneira como os líderes tomam decisões.

A Mudança de Escopo na Tomada de Decisões

Agilidade e Democratização

Os líderes precisam dos dados certos na hora certa. Esse é um claro impulsionador do crescimento de programas de dados de autoatendimento. Emponderar líderes a buscarem seus próprios dados, pode aumentar a agilidade e promover uma tomada de decisão mais baseada em evidências.

Aproximadamente um terço dos entrevistados relatou que sua organização tem um programa de dados de autoatendimento. Mas outros 25% disseram que estão em fases piloto ou planejam ter um programa nos próximos seis meses. Claramente, esses programas estão ganhando força, pois podem dar suporte a tomada de decisões rápidas e estratégicas. De fato, o principal benefício que os respondentes da pesquisa previram com os programas de autoatendimento é uma tomada de decisões mais ágil — citada por 61% dos entrevistados.

Resiliência

Poucas empresas, se é que existia alguma, estavam totalmente preparadas para lidarem com a turbulência da pandemia global. E, apesar disto, algumas empresas se adaptaram rapidamente. A capacidade de aproveitar as ferramentas digitais foi o grande diferencial. Segundo o Fundo Monetário Internacional, logo após a pandemia, “as empresas digitalmente habilitadas enfrentaram um declínio menor de vendas em cerca de 4% do que as empresas com menos restrições digitais.”

Para os executivos, a pandemia – além de ser uma tragédia global – foi um estudo de caso da necessidade de um planejamento de resiliência. Quando os executivos avaliam os programas de gerenciamento de dados, eles não estão perguntando apenas como isso pode aumentar vendas ou a satisfação do cliente, mas como os dados podem ser usados para tornar a empresa mais adaptável e resiliente, e como eles podem prever mudanças nas condições do mercado.

Os Desafios Continuam

Embora o investimento contínuo em estratégias de gerenciamento de dados em toda a empresa tenha crescido, especialmente entre aqueles que contam com programas de dados existentes, as organizações podem seguir enfrentando dificuldades nessa área.

A informação, por exemplo, permanece isolada em silos. Apenas 36% dos entrevistados contam com uma tecnologia ou ferramenta de dados que disponibilize informações em diferentes plataformas e funções. Mas um grupo maior de respondentes disse que sua organização planeja implementar uma no próximo ano.

A democratização dos dados também pode encontrar gargalos, pois é provável que organizações tenham muito mais consumidores de dados do que fornecedores de dados. Se os consumidores de dados não contam com as habilidades necessárias para extrair, analisar ou interpretar as informações de que precisam, eles poderão pressionar seus colegas que estão no início da cadeia para obterem suporte adicional.

Finalmente, e talvez o mais importante, é essencial observar que os sucessos que estamos vendo nem sempre estão espalhados por toda a organização. As empresas tendem a ter mais experiência com dados em áreas focadas em lucratividade e receita, e menos em áreas que lidam com operações e processos.

A Marca do Sucesso

Para superar esses desafios, é preciso uma nova estratégia que torne o gerenciamento de dados mais eficiente. Descobrimos que os projetos-piloto podem ajudar empresas a entenderem o que funciona e o que não funciona. Esses aprendizados muitas vezes oferecem uma base para uma melhoria contínua.

As organizações devem se concentrar na automação dos fluxos de dados em um data warehouse corporativo, para tornar os dados mais padronizados, limpos e usáveis quanto possível. Além disso, as organizações também devem estar focadas em ferramentas que acelerem a análise e visualização dos dados. A minha própria empresa passou por esta mudança — para nós e para os nossos clientes. A cada semana, mais da metade dos funcionários da minha empresa acessa nosso data warehouse corporativo. Nós economizamos de 40 a 50 dias por ano nas operações de vendas.

As práticas de DataOps, um recurso emergente que pega emprestado práticas de fluxo de trabalho do mundo de DevOps, podem ajudar a maioria das organizações a superarem esses desafios. Mas, se forem feitas corretamente, as organizações poderão maximizar os benefícios dos dados em toda a empresa.

Ayman Sayed, CEO da BMC Software.

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