Se falarmos então das últimas ocorrências de 2008-2009 relacionadas á crise financeira americana, o reflexo das mudanças empresariais na área de TI fica ainda mais evidente.
A partir dessa constatação, surgem algumas questões intrigantes: Como otimizar os recursos de TI em tempos de mudanças constantes? De que forma ajustar as mudanças com recursos financeiros limitados?
Solução mágica não existe. A gestão financeira dos serviços de TI e a visão rateada destes custos pelas áreas de negócio atendidas, não é tarefa simples.
Porém, algumas ações dão resultado: o primeiro passo é definir um catálogo de serviços de TI com a lista de atividades técnicas e funcionais atendidas pela área; definição do processo de atendimento adotado de acordo com o tipo de atividade, e o esforço médio para a execução a partir da complexidade técnica da solicitação. Estes pontos práticos ajudam a tornar mais claro o volume e custo dos serviços prestados por TI às áreas de negócio e os recursos necessários pra isto.
Além disso, no cenário atual de algumas empresas, a pressão por redução de head-count é uma realidade. Frente a isso a contratação de um parceiro de serviço pode ser uma alternativa, pra que a equipe de TI tenha condições de focar seus recursos-chave, por vezes escassos, na adaptação e evolução dos aplicativos ao negócio. Porém, as empresas que optam por essa alternativa, devem buscar um parceiro que comprometa-se com um volume definido de entregáveis mensais pois com isso o parceiro se compromete com a eficiência.
Mas como ficam os investimentos financeiros dentro desse modelo de outsourcing? O investimento é flexível, ou seja, varia de acordo com o volume de demanda de cada empresa ou até mesmo com o ciclo do negócio do cliente. O modelo de entrega pode ser compartilhado, dedicado ou misto e os grupos de serviço são atrelados a SLAs específicos, ou seja, os entregáveis do serviço são claramente definidos, com medição e relatórios mensais.
Sabemos que cada empresa tem seus desafios em particular de acordo com sua vertical de atuação, mas o ponto comum a todas elas é conseguir reverter o cenário de recursos financeiros limitados para o de recursos melhor aproveitados.
* Renata Galle é gerente de Serviços de Outsourcing de Aplicações da Stefanini