No conturbado julgamento de uma intensa briga de patentes entre Apple e Samsung, a fabricante do iPhone pediu uma punição à rival por ter publicado provas inválidas na sua defesa. A sul-coreana, embora impedida pela juíza Lucy Koh de utilizar alguns argumentos e documentos no embate, decidiu disponibilizá-los à imprensa – o que, segundo a Apple, tem intenção de influenciar o júri.
“A Samsung e seu conselho estão comprometidos com a má fé e má conduta para prejudicar o júri”, diz um comunicado da norte-americana, ao qual o The Wall Street Journal teve acesso. A Samsung negou a chance de utilizar essas evidências, mas enviou-as a alguns veículos de mídia na última terça-feira, 31.
O material mostra que o iPhone foi inspirado pela Sony, e que um dos dispositivos fruto de um processo movido pela Apple por cópia de design teria sido, na verdade, projetado antes de seu smartphone. Questionado pela juíza, o advogado da Samsung, John Quinn, afirmou que a medida foi legal e ética em partes porque os materiais já eram de domínio público. Além disso, ele negou a intenção de interferir no parecer dos jurados.
“A Samsung aparentemente acredita que está acima da lei. A Corte não deve ser conivente com esse comportamento, ela deve e pode sancionar a Samsung severamente”, finaliza a nota da Apple. O julgamento deve ser resumido na próxima sexta-feira, 3, mas não há previsão para a sentença final.