Enquanto a Telefônica tentava entender e explicar o que provocou o apagão em sua rede de dados, fornecedores, concorrentes e outras operadoras mantiveram-se cautelosos em relação ao assunto.
A Cisco divulgou nota na qual afirma que "a interrupção da prestação de serviços na internet não teve nenhuma relação com seus equipamentos em operação na rede da Telefônica". Disse ainda que por ser parceira da operadora e devido à "complexidade e raridade do problema e pela relevância dos serviços prestados pela operadora para a sociedade", manteve seus especialistas para auxiliar no restabelecimento do serviço.
A Juniper, que tentava contato com sua matriz, nos Estados Unidos, preferiu adiar qualquer pronunciamento para a próxima semana, já que teve dificuldade para fazer contato devido ao feriado naquele país.
Lenha na fogueira
Nesta sexta-feira (4/7), a Net Serviços estampou anúncio de página inteira em jornal de grande circulação no estado de são Paulo, sem se referir diretamente ao problema da concorrente. Mas não deve ter agradado em nada a Telefônica. Numa página que parecia queimada por fogo em sua volta, no meio se lia: "Internet é Net. E que este anúncio pegue fogo se não for verdade". No rodapé, os preços do serviço de banda larga. Também procurada por este noticiário, a Net não atendeu até o fechamento desta edição.
A Vivo, que usa a rede da Telefônica para acesso dos funcionários, também foi atingida pelo apagão, mas não ficou totalmente sem acesso porque muitos deles usaram o serviço de acesso móvel à internet banda larga da tele, por meio do Vivo Zap e Vivo Flash, na rede EV-DO oferecida aos assinantes. O serviço foi criado para notebook, que é feito por meio de placas de conexão PCMCIA, minimodem com entrada USB ou Express Card. São 400 mil usuários em 27 cidades de oito Estados, incluindo São Paulo. Segundo a operadora, não houve congestionamento em sua internet wireless.
A Claro, por sua vez, informou que sua rede de acesso à internet não sofreu qualquer alteração.
