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Cadeia de valor "verde e amarela"

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Acho que ninguém mais duvida da importância das chamadas cadeias de valor, ou cadeias de suprimento, para integrar empresas parceiras visando a excelência logística e a qualidade do produto entregue a clientes globais. Sem isso a Toyota não conseguiria manter seus padrões de excelência worldwide, nem a Embraer produziria aviões na China (eu disse China, não Alemanha, ou USA, ou Reino Unido) com a mesma qualidade que produz no Brasil, ou a IBM confiaria à Lenovo a produção de todos os PC’s que são vendidos à sua base mundial de clientes. Esses três exemplos deixam claro a importância e, mais que isso, a inevitabilidade da cadeia de suprimentos para o sucesso nos negócios.

Conscientes disso, todos os players relevantes amarram suas cadeias de suprimentos nos seus países de origem. Os alemães amarram suas parcerias com empresas alemãs, os americanos com empresas americanas, os japoneses com japoneses, e os brasileiros…. Ah, sempre os brasileiros. Como nas piadinhas, onde se comparam comportamentos e sempre tem um brasileiro e um argentino que fogem à regra, também nos negócios isso infelizmente acaba sendo verdade.

Não sei se por uma questão de herança colonial, ou por uma questão de insegurança (confiem em mim que sou brasileiro, mas eu que não sou tonto e prefiro confiar num americano), o fato é que ainda não predomina no mindset dos executivos e empreendedores brasileiros o buy Brazilian.

O Citibank, a GM, A VW, a Telefônica, a Sony, a Hyundai, a Shell, na verdade a quase que a totalidade dos players globais, quando atuando no Brasil procuram incluir nos seus negócios locais o mesmo parceiro que é usado pela matriz. Isso vale para logística, consultoria estratégica, recursos humanos, comunicação corporativa e, principalmente, serviços de TI. Já as empresas brasileiras, hoje se consolidando como empresas globais (AmBev, Gerdau, Vale, Embraer, Petrobrás, a Aracruz, o Itaú, só para citar alguns nomes, não têm o mesmo hábito). Quando atuando na América Latina, na América do Norte, na Europa, ou na Ásia, as empresas brasileiras acham que trabalhar com parceiros globais conhecidos lhes atribui maior credibilidade. É duro dizer isso, mas ainda tem aí um viés de subdesenvolvimento.

A indústria de TI brasileira, embora com volumes muito aquém dos Indianos e de nossas reais possibilidades, está começando a mostrar ao mundo seu potencial. Os engenheiros de software brasileiros são mais do que produtores, são criadores de novos conceitos, são designers, e alem disso conhecem os processos de negócios de uma forma muita mais abrangente e profunda do que nossos concorrentes Indianos (que exportam +10 vezes que o volume brasileiro). Recentemente a Totvs se tornou nona maior empresa de software aplicativo do mundo, com expectativa de alcançar a quinta posição nos próximos cinco anos (não existe algo equivalente à Totvs na China, produzindo software ERP padrão global). A Spring Wireless (e isso eu soube muito recentemente), uma empresa brasileira de TI, é líder mundial em soluções de mobile business (está em Seattle para atrair recursos humanos da Microsoft, na Rússia, na China e em toda a América Latina; espera Wall Street melhorar para abrir capital na NASDAQ). Esses dois exemplos dão uma idéia do poder de fogo e da qualidade da indústria de TI brasileira.

Por todas essas razões, como um empresário de TI de uma empresa brasileira que rola na pista decolando para um vôo internacional, eu proponho lançarmos a Cadeia de Valor Verde e Amarela. As grandes empresas globais brasileiras precisam se aproximar mais dos visionários e empreendedores de TI locais, visando uma união estratégica para conquistar os mercados internacionais. Com todo o respeito às excelentes Accenture, EDS, Tata, SAP, Microsoft, entre outras, elas estão em pé de igualdade (no que tange ao provimento de serviços de TI) às também excelentes Politec, Totvs, Cyberlynxx, CTIS, Tivit, Sonda/Procwork, BRQ, C&IT, apenas para citar algumas.

Empresários brasileiros, há uma lição a ser aprendida com o intuitivo presidente Lula. O Brasil está na moda e é mais respeitado lá fora do que aqui dentro. Vamos nos orgulhar de nosso talento, de nosso empreendedorismo e de nossa qualidade. Em se tratando de serviços de TI: Sell Brazilian!!!

Marcelo Astrachan, CEO Cyberlynxx

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