A Intel obteve empréstimo de US$ 6 bilhões que será usado em grande parte para a recompra de ações, aproveitando o momento de juros baixos na economia americana. A decisão de recorrer a um financiamento, segundo pessoas próximas a empresa disseram ao The Wall Street Journal, é poupar recursos e manter dinheiro em caixa nas subsidiárias internacionais — isso também a livra de pagar elevados impostos nos Estados Unidos.
O lucro obtido por empresas americanas no exterior é taxado em 35%, menos o imposto já pago na jurisdição estrangeira. Essa taxa é muito mais cara do que o empréstimo nos EUA. Por exemplo, a Intel paga juros que variam de 0,75% a 1,5% sobre a taxa comparável em títulos do Tesouro para um financiamento com prazos de pagamento de cinco a 30 anos.
A fabricante de chip tinha US$ 3,5 bilhões em caixa e equivalentes e US$ 7 bilhões em investimentos de curto prazo em setembro. Apesar de não revelar o quanto mantém em caixa em outros países, o jornal americano calcula US$ 14,2 bilhões o lucro nos mercados internacionais, que agora será reinvestida no negócio.
A agência de classificação de risco de crédito Moody's cotou o rating da Intel para honrar o empréstimo como A1, enquanto a Standard & Poor's deu nota A+.
