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Mercado de data center cresce no Brasil, com Campinas liderando e Rio de Janeiro em expansão

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O mercado de data center cresce em ritmo acelerado no país. De acordo com o estudo Brazil Data Center Report, da JLL, só no setor de colocation (data centers compartilhados) o total de megawatts (MW) aumentou em% entre 2013 e 2023. A perspectiva da consultoria é que esse mercado permaneça em expansão à medida que novas tecnologias são adotadas, recrutando maior capacidade de processamento de dados.

Concentrado no estado de São Paulo, pela proximidade com as empresas e com o principal polo consumidor do país, o mercado de data center no Brasil tem forte atuação também nas regiões de Campinas e Barueri, com 410 MW e 221 MW em operação, respectivamente. Estão em construção mais 285 MW em Campinas e 64 MW em Barueri, além de planejados outros 320 MW e 38MW em cada região respectivamente.

A região de Campinas vai de Jundiaí à área metropolitana de Campinas, que possui um mercado logístico consolidado, com presença de diversas empresas, grandes centros tecnológicos e universidades, que fornecem mão de obra especializada e novas oportunidades de negócios no segmento de data center. Já a região de Barueri, que também compreende Santana de Parnaíba e Osasco, acaba sendo uma extensão do mercado da capital e atrai operadoras de cartão de crédito, transações financeiras e computação de ponta.

Enquanto Campinas continua atraindo data centers de grande porte, com duas grandes operações da AWS, além do início da construção de uma operação da Microsoft em Sumaré, na região de Barueri, a opção é pela modernização (retrofit) de empreendimentos existentes ou expansão das operações em seus sites atuais, devido ao alto preço e baixa disponibilidade dos terrenos.

Em Barueri, apesar da oferta reduzida de terrenos, existe o projeto de um Campus de Data Center, com aprovação e início de construção previstos para 2024. O empreendimento poderá atender tanto a demanda de operadores de colocation quanto de usuários finais.

A capital paulista também possui data centers, com 39 MW em operação, 33 MW em construção e 30 MW planejados. No entanto, essas são operações menores, de 5 mil a 10 mil m². Isso acontece pela baixa disponibilidade de terrenos que atendem aos critérios rigorosos para implantação de data centers e pelo alto custo imobiliário.

Rio de Janeiro se destaca com novos projetos de data center

O estudo da JLL mostra que 2023 marcou o início da expansão do segmento de data center do Rio de Janeiro. O estoque cresceu 115% em relação a 2022. Novas entregas significativas são esperadas para 2024 e 2025.

Atualmente, são 76 MW em operação e 63 MW em construção. Os empreendimentos estão concentrados na Via Dutra e em São João do Meriti. No estado, ainda estão previstos 40 MW para 2025 em operações da CloudHQ, Equinix e Scala, nos quais o investimento total deve ultrapassar 2 bilhões de reais.

“O Rio de Janeiro está se consolidando como o segundo principal estado do Brasil em data centers, atraindo todos os principais players que atuam no Brasil. Nos próximos anos, haverá novos produtos disponíveis e de qualidade. É uma região beneficiada, principalmente, pela questão energética”, avalia Bruno Porto, Gerente de Negócios Imobiliários Logísticos, Industriais e Data Centers da JLL.

Mercado imobiliário

A necessidade cada vez maior de infraestrutura tecnológica para processamento e armazenamento de dados, alavanca também o mercado imobiliário para o segmento. A demanda é por áreas de 60 mil m², em média, com algumas especificidades.

“Data center é uma operação crítica, que não pode, de maneira alguma, passar por instabilidade ou indisponibilidade, seja de conectividade ou de energia” explica Porto. Os terrenos devem estar em regiões de alta disponibilidade de energia e de anéis de fibra ótica e não podem estar em áreas sujeitas a riscos ambientais, como alagamento, vibrações (próximo de ferrovias, pedreiras), emissão de poluentes no ar (petroquímicas, aterros) e explosões (posto de combustíveis, empresas de fertilizantes). “Tudo isso restringe a oferta de terrenos aptos a receber uma operação de data center e, consequentemente, aumenta o preço das opções disponíveis”, conclui o executivo.

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