Apesar do avanço dos pacotes de software e da oferta no modelo SaaS (software como serviço), o desenvolvimento e a customização de software seguem como prioridades de investimento do setor financeiro, de acordo com 71% dos executivos ouvids em pesquisa realizada pela Rimini Street. Realizado no segundo semestre de 2023, o levantamento também indica que o setor investirá na modernização ou ampliação da infraestrutura de TI (63%) e implementação ou upgrade de software e/ou appliances de cibersegurança (também 63%).
Foram consultados executivos de 111 empresas dos mais variados portes, desde startups e fintechs a grandes bancos e seguradoras. Integração de sistemas e o combo BI, analytics e big data foram apontados por 57% dos entrevistados como sendo projetos de alta prioridade para a área de TI.
O levantamento sinalizou ainda a prioridade das organizações em projetos relacionados a ERP (compra, substituição de módulos, customização): a maioria delas tem isso como uma prioridade média ou baixa (57%). Apenas um quarto dos respondentes afirmou que esse é um item de alta prioridade. Para 18%, é um tópico que não está entre as prioridades de investimento.
O estudo questionou ainda se a migração de CAPEX para OPEX da infraestrutura de TI era prioritária, e 22% afirmaram que o item é de alta prioridade.
“O desafio está justamente em reduzir os custos da TI, sem abrir mão de crescimento e lucratividade”, comenta a diretora-presidente da Rimini Street na América Latina, Edenize Maron. “É necessário garantir a segurança e total confiabilidade dos sistemas de missão crítica para que não haja interrupção da prestação de serviço nas Instituições Financeiras”, acrescenta.
Segundo uma pesquisa da Febraban feita em 2023, o número de transações registradas pelas instituições bancárias totalizou 163,3 bilhões de movimentações. Este resultado é o maior já registrado na série histórica de transações, sendo influenciado principalmente pelo desempenho do mobile banking, que teve alta de 54% no número de operações realizadas pelos clientes, com quase 8 em cada 10 transações bancárias sendo feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking.
“Os resultados reforçam que a cada ano temos mais adesões de brasileiros pelos canais digitais, demonstrando a inovação, segurança, acessibilidade e confiabilidade destes meios nas transações bancárias do dia a dia. Os bancos tornaram mais democrático o acesso aos serviços financeiros, estão mais próximos de seus clientes, fruto de um robusto investimento em tecnologia feito anualmente”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.