Publicidade
Início Notícias Gestão Pesquisa do GTD.GOV avalia capacidade de transformação digital nos estados brasileiros

Pesquisa do GTD.GOV avalia capacidade de transformação digital nos estados brasileiros

0
Publicidade

A transformação digital nos governos estaduais acelerou em 2020, segundo o estudo Capacidades para a Transformação Digital nos Governos Estaduais e Distrital. Realizado pelo GTD.GOV, grupo mantido pelo Conselho Nacional dos Secretários de Administração (CONSAD) e pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação (ABEP-TIC), este levantamento teve início em agosto de 2019 e foi lançado nesta semana.

O principal objetivo da pesquisa – disponibilizada no site da ABEP-TIC – foi entender a maturidade das entidades estaduais no que diz respeito à governança digital, e quais medidas precisam ser tomadas agora para ajudar os Estados a desenvolverem estratégias mais direcionadas para avançar na inovação. Para isso, o GTD.GOV criou uma série de diretrizes que ajudarão no desenvolvimento de políticas de governança de dados.

Apesar da aceleração observada em 2020, a pontuação de estrutura e governança em tecnologias da informação e comunicação ainda ficou abaixo do esperado. Com o mínimo em 20 e o máximo em 100, a média da pontuação das 256 empresas foi de 66,9, número indicado como baixo quando comparado à média de um estudo similar feito há 15 anos.

Segundo Edimara Mezzomo Luciano, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e líder científica da pesquisa, esses números indicam que há ainda um grande trabalho a ser feito. Apesar disso, as entidades estão no caminho certo. “A infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação é fundamental para a pauta de transformação digital, e o estudo mostrou que esse já é um assunto superado nas entidades”, explica Edimara. “Os estados já estão focados em sistemas de aplicativos, pessoas e dados.”

De acordo com a pesquisa, todos os estados, com exceção de Minas Gerais, apresentam características relacionadas a um governo mais eletrônico e características iniciais do Governo 2.0, mais interativo e aberto. Já o estado de Minas Gerais foi o único com evidências iniciais do Governo 3.0, um governo efetivamente digital baseado em teoria científica.

Para Lutiano Silva, presidente da ABEP-TIC, a pesquisa é extremamente importante, pois indica exatamente os pontos fortes e fracos da transformação digital em âmbito estadual. “Não adianta nada a gente falar de transformação digital, atos regulatórios, pessoas para executar essas transformações, mas não ter todo o arcabouço tecnológico”, defende Lutiano. “Então esse estudo traz, de fato, um diagnóstico de como está a capacidade dos estados para a transformação digital”, finaliza.

As principais barreiras apontadas pela pesquisa são principalmente estruturais e organizacionais. O ideal é um sistema de tomada de decisões descentralizado, que permita a participação do cidadão e do colaborador, mas o mais visto é justamente o sistema centralizado e hierárquico. “A transformação digital demanda decisões mais descentralizadas. É importante uma coordenação central, mas se essas decisões continuam sendo centralizadas, podem gerar novos gargalos ou manter gargalos existentes, o que é absolutamente negativo para que a pauta da transformação digital prossiga e vá adiante.”, explica Edimara.

A pesquisa Capacidades para a Transformação Digital nos Governos Estaduais e Distrital está disponível para consulta pelo no site da ABEP-TIC.

 

 

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile