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Google pode ser alvo de ação antitruste

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos vem mantendo silêncio sobre a contratação de um dos mais conhecidos juristas daquele país, o ex-vice-presidente da Walt Disney, Sanford Litvack, para a investigação e um possível processo antitruste contra o Google por seu crescente domínio no mercado de publicidade on-line.

De acordo com observadores da indústria, ouvidos pelo The Wall Street Journal, a contratação de Litvack é um forte sinal de que o governo americano se prepara para tomar medidas judiciais contra o site de buscas e também em relação a sua parceria com o Yahoo no segmento de publicidade on-line. O acordo levantou receios de que dará muito poder ao Google num mercado avaliado em US$ 65 bilhões. Ele foi anunciado em junho, mas a implementação está atrasada. Calcula-se que as duas empresas juntas seriam responsáveis por mais de 80% de anúncios em buscas.

Nas últimas semanas, os advogados do Departamento de Justiça começaram a convocação de testemunhas para deporem, através do envio de intimações judiciais, segundo informaram pessoas ligadas ao caso. Eles ressaltaram, porém, que isso nem sempre significa que o caso chegará aos tribunais.

Litvack, que foi chefe do órgão antitruste do Departamento de Justiça durante o governo do presidente Jimmy Carter, foi convidado a examinar as provas reunidas até agora e para construir um processo, se a decisão for de que realmente o Google viola a legislação antitruste.

Ainda não está claro se o alvo da Justiça será somente a parceria entre o Google e o Yahoo ou se a investigação terá um espectro mais amplo, sobre a conduta do Google no negócio de publicidade on-line. O acordo com o Yahoo da direito ao Google de vender anúncios em buscas e nos textos de sites do Yahoo, e as receitas serão partilhas entre as duas empresas.

A exibição de publicidade em buscas na web, na qual o Google exerce um domínio incontestável, tem transformado a indústria de mídia. Portanto, um processo antitruste do governo americano contra a empresa, segundo analistas, poderia estabelecer novos limites para a concorrência na internet, assim como ocorreu na década passada, quando o Departamento de Justiça moveu uma ação contra a Microsoft, rompendo o terreno aplicação da legislação antitruste às novas tecnologias.

O Google afirmou que o acordo com o Yahoo não viola a lei antitruste. E defendeu energicamente – antes do testemunho público no Congresso e das reuniões privadas com os advogados do Departamento Justiça – que o negócio é pró-concorrência. As empresas dizem que esperam fechar o negócio até início de outubro, para permitir que as autoridades antitruste dos EUA concluam a análise.

"Nós voluntariamente atrasamos a execução do acordo para dar ao Departamento de Justiça tempo para compreendê-lo, e continuamos a trabalhar cooperativamente com eles", disse o Google em comunicado. "Embora tenha havido muita especulação sobre o potencial impacto deste acordo sobre os preços dos anúncios, pensamos que é prematuro os órgãos reguladores suspendê-lo antes de ser executado, quando todos poderão julgar o seu real impacto no mercado", finalizou a nota.

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