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Motorola aposta em software, integração e padrões abertos na era da "Internet TV"

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"Estamos mudando rapidamente para um mundo IP e de padrões abertos". Essa frase é de Roberto McLaughlin, vice presidente senior de home business da Motorola Mobility, divisão da empresa norte-americana que hoje é responsável pelos ativos da área de celular e dispositivos domésticos (set-top, cable modems, MTAs etc). A frase tem um significado grande quando se olha a história da Motorola, empresa que sempre apostou suas fichas em tecnologias proprietárias e na escala obtida no mercado norte-americano com estas plataformas fechadas. Este posicionamento histórico da Motorola foi a razão, por exemplo, para a empresa ter ficado praticamente fora do mercado de set-tops digitais para TV por assinatura no Brasil nos últimos anos, sobretudo a partir de 2004, quando os dois principais operadores de cabo (Net e TVA) adotaram a plataforma DVB em suas redes. Hoje, a Motorola pretende voltar a disputar o mercado de set-tops na América Latina e no Brasil, agora com uma solução DVB incorporada ao portfólio da empresa a partir da compra de um fornecedor chinês.
Durante a convenção Moto4You, para operadores da América Latina, realizada esta semana em Miami, McLaughlin explicou a este noticiário o significado desse novo posicionamento. "Essa discussão sobre padrões abertos é muito complicda, porque muitas vezes o que se trata como um padrão aberto acaba sendo bastante fechado. O que a Motorola está fazendo agora é basear todo o seu desenvolvimento em protocolos e padrões abertos, como HTML5, DLNA, DOCSIS e outros que permitirão uma maior integração de soluções de múltiplos fornecedores".
Essa é a segunda mudança estratégica que fica clara no posicionamento da fornecedora depois que uniu a divisão de dispositivos domésticos à divisão de celular: dar mais ênfase ao software e à integração de plataformas e menos ênfase em soluções baseadas em hardware próprio e caixas fechadas. É claro que a Motorola continua produzindo set-tops e cable modems, assim como mantém firme a estratégia de handsets e tablets. Mas o desafio agora é fazer com que os serviços oferecidos por estas plataformas possam passar de um dispositivo para o outro de maneira transparente. O primeiro passo nesse sentido foi a apresentação pública da plataforma Motorola Medios, um software de gerenciamento de serviços que promete adaptar os conteúdos oferecidos às diferentes telas e plataformas.
Segundo Robert McLaughlin, a visão da empresa é que o mercado de TV, depois de passar pela era analógica e era digital, está dando seus primeiros passos na era da Internet, em que os conteúdos chegam via rede tanto na tela principal de TV quanto no celular e no PC. A interação com o conteúdo, da mesma forma, se dá pela Internet e por redes sociais. McLaughlin não diz, mas fica evidente que a preocupação da Motorola é com o fato de que a cada dia o set-top se tornará uma parte menos importante nesse processo de consumo de conteúdos do que foi até aqui.
A Motorola passou, nos últimos anos, por um complicado processo de reestruturação que envolveu a separação da empresa, a eliminação de dívidas das divisões mais lucrativas (como dispositivos domésticos e celular) e a venda da parte de redes para a Nokia Siemens Networks. Hoje a Motorola está dividida em Motorola Mobility, que cuida de handsets e set-tops, e a Motorola Solutions, que herdou a unidade de equipamentos de segurança e rádio-comunicação.

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