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Roubo a bancos por hackers deve aumentar nos próximos anos, alertam especialistas

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Hackers estão cada vez mais roubando bancos e empresas em geral e ajudando quadrilhas do crime organizado a operar de forma mais eficiente, fornecendo aparelhos e softwares que podem copiar os dados do cartão de usuários de caixas eletrônicos, de acordo com a empresa russa de segurança cibernética Kaspersky Lab.

“As ações vão desde a infecção dos caixas para dispensar todo o seu dinheiro aos ladrões à invasão de sistemas de gestão em portos, de modo que as drogas possam ser contrabandeadas sem riscos”, disse fundador e CEO da Kaspersky Lab, Eugene Kaspersky, em uma entrevista à Bloomberg News.

Segundo ele, os hackers se tornaram capazes de realizar ataques muito avançados. “Em muitos casos, eles infectam redes corporativas com vírus — via arquivos trocados entre os departamentos — e se instalam em computadores que lidam com transferências de dinheiro, que geralmente são separados da rede principal.”

Entre as vítimas recentes de cibercriminosos de alto perfil estão os clientes do banco JP Morgan, que tiveram 83 milhões de dados pessoais roubados por hackers. O objetivo dos criminosos é usar as informações para praticar “pishing” e obter senhas e encontrar outras contas relacionadas a esses clientes. Na ocasião, o banco informou que nomes de clientes, endereços, números de telefone e e-mails foram roubados no ataque virtual ocorrido em agosto.

Outro caso é o da rede americana de lojas de artigos para o lar Home Depot, cujo sistema foi invadido entre abril e setembro deste ano e foram expostos 53 milhões de endereços de e-mail e dados de 56 milhões de cartões de pagamento. Neste mês, foi noticiado que hackers com experiência nos sistemas de Wall Street roubaram informações sobre fusões e aquisições de mais de 80 empresas, por mais de um ano.

“Todo mundo está espionando todo mundo, e alguns roubando informações”, disse Kaspersky. “Edward Snowden estava certo, mas ele estava falando somente dos EUA. Na realidade, existem ciberataques de origens diferentes — países de língua inglesa, chinesa e o idioma russo. Há também aqueles ligados a França, Espanha e América Latina.”

Caixas eletrônicos

Neste ano, a Kaspersky Lab identificou o Tyupkin, um novo malware que faz os caixas eletrônicos ejetarem notas. O vírus mostra aos criminosos qual a quantia disponível no caixa eletrônico e, assim, pode entregar até 40 notas à quadrilha que aplica o código malicioso na máquina de autoatendimento. “Os hackers se aproximam pela parte de trás da máquina, onde a câmera não pode filmá-los, e a reiniciam usando um CD com vírus. Vários dias depois, inserem um código pelo teclado do caixa eletrônico e recolhem todo o dinheiro”, explica Kaspersky.

Os hackers também estão desenvolvendo novos métodos para roubar coisas offline, disse o executivo. “Eles estão invadindo sistemas que controlam o carregamento de carvão ou de trigo para criar embarques falsos, e depois roubam os produtos”, disse Kaspersky. “Eles também infectam sistemas de postos de combustíveis, fazendo com que as bombas coloquem mais combustível para determinados clientes e menos para outros.”

Tráfico de drogas

Hackers também se infiltram em sistemas de TI de portos marítimos europeus para instalar recipientes com cocaína, junto com outras mercadorias, como bananas, para que possam ingressar na Europa em segurança, disse Kaspersky, acrescentando que as empresas que produzem e compram essas bananas sequer sabem que a droga está acondicionada em suas cargas.

O alerta de Kaspersky foi feito durante a conferência sobre tecnologia para empresas, promovida pela Bloomberg, realizada esta semana em Londres, e que contou com a participação de outras empresas de segurança digital. “As empresas que querem proteger seus dados de criminosos e da espionagem de governos devem assumir que já houve ataques a seus sistemas e ajustar as estratégias de defesa”, disse Patty Hatter, CIO da McAfee, empresa da Intel. “Você tem que assumir que algo está acontecendo e tem de começar a olhar para isso. Seja paranóico, isso ajuda.”

Segundo outros participantes do evento, os hackers, que sempre tiveram como alvo computadores que utilizam o sistema operacional Windows, da Microsoft, e smartphones com o Android, do Google, agora estão criando malwares para dispositivos baseados em Unix e Mac OS e iOS, da Apple.

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