Com o propósito de dispor de dados mais consistentes para a prevenção contra enchentes, o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden/MCTI) vai contar a partir de agora com umas das maiores redes de pluviômetros da América Latina. A rede será gerenciada com um software desenvolvido pelo o Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, que já está instalado e operando na unidade da cidade de Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, onde fica o centro de controle do Cemaden.
O sistema para gerenciamento dos dados das plataformas de coletas de dados (PCDs) foi desenvolvido no primeiro trimestre deste ano e, segundo o coordenador Marcos Rodrigues, da divisão de Software para Sistemas Distribuídos do CTI, demandou um esforço de toda a equipe “já que se trata de um projeto nacional para implantação de plataformas em áreas sujeitas a enchentes”.
Os instrumentos medem o volume de chuva em áreas de risco, sujeitas a inundações, enxurradas ou deslizamentos de terra. As linguagens utilizadas no desenvolvimento do sistema de gerenciamento foram a JEE 6, JBoss, PostgreeSQL e JPA.
Pluviômetros nas comunidades
Nas próximas semanas, 27 pluviômetros semiautomáticos serão instalados no Recife e em dois municípios da Zona da Mata pernambucana. A ação parte do projeto Pluviômetros nas Comunidades, anunciado em dezembro de 2012, quando o Cemaden contratou a aquisição de 1,1 mil pluviômetros semiautomáticos para serem distribuídos em todas as regiões do país.
Os sete municípios contemplados com pluviômetros integravam a lista do Cemaden desde o primeiro semestre de 2012. Atualmente, o centro monitora 360 municípios brasileiros a partir de dados de redes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet/Mapa) e das agências Nacional de Águas (ANA) e Pernambucana de Águas e Clima (Apac). Até o fim deste ano, a meta é alcançar 450 localidades no país e, para 2014, 820 cidades monitoradas, e 1,4 mil para 2015.