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Pesquisa do IBGC demonstra avanço moderado nas medidas das empresas para mitigar as emissões de carbono

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O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), em parceria com o Chapter Zero Brazil, realizou a segunda edição da pesquisa “Board scorecard: a atuação dos conselhos frente aos impactos climáticos e à estratégia net zero”. O estudo visa analisar como esses colegiados, tanto os de administração quanto os consultivos, têm abordado o tema. Notou-se progresso de 8,1 pontos percentuais quanto à adoção de medidas de curto e de longo prazo alinhadas aos planos de redução de emissões de gases de efeito estufa. Em 2022, 58,6% dos entrevistados reportaram não haver providências nesse sentido, ante 50,5% este ano.

Amostragem contou com a participação de 107 respondentes. Dentre os entrevistados estão conselheiros de administração (43,0%), conselheiros consultivos (21,5%), conselheiros fiscais (4,7%) e diretores-executivos (30,8%).

Capítulo brasileiro da Climate Governance Initiative (CGI), o Chapter Zero Brazil foi lançado pelo IBGC em 2021, com o propósito de estimular e contribuir para avaliar como a agenda do clima é tratada no universo dos negócios. A pesquisa baseou-se no Board scorecard, ferramenta do Chapter Zero no Reino Unido. O questionário foi estruturado em quatro áreas temáticas: “liderança”, “propriedade”, “estratégia” e “mensuração”.

A questão climática é pouco pautada pelos conselhos, aponta a pesquisa

Para 55,1% dos respondentes, os membros do conselho entendem as implicações das mudanças climáticas. Porém, apenas 39,3% sinalizaram ser uma prática pautar a questão climática pelo menos quatro vezes ao ano na agenda do colegiado, tendo objetivos claros para a discussão, além de dados e informações robustos.

Para 47,6% dos entrevistados, os comitês de assessoramento ao conselho não levam em consideração as mudanças climáticas em suas discussões. Segundo 39,2%, não há clareza sobre a responsabilidade do conselho e da equipe executiva pelas decisões de redução de emissões de gases de efeito estufa. Ademais, 37,4% sinalizaram que o CEO, o presidente e os membros do conselho de administração ou consultivo não comunicam e divulgam para os funcionários e executivos a importância de se cumprir a meta climática estabelecida para a organização.

Conforme 69,1% das respostas, as metas relacionadas ao clima não são incorporadas aos incentivos e à remuneração dos executivos de maneira significativa e mensurável. Para 36,4% dos respondentes, a questão climática não integra a avaliação de riscos e oportunidades e escopo central dos negócios, enquanto 48,6% apontaram que o conselho não analisou a estratégia da empresa considerando pelo menos dois cenários de mudanças climáticas.

Conforme indicaram 50,5% dos entrevistados, o conselho não estabeleceu a meta net zero para a emissão de gases de efeito estufa, nem está alinhado ao compromisso de atingir a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius. O percentual foi o mesmo para as respostas sobre medidas de curto e de médio prazo para a redução das emissões. Para 53,3%, o colegiado não considera a questão climática nas decisões de investimento, nem faz uso de uma ferramenta de quantificação, como a de precificação de carbono.

Segundo 51,4% dos respondentes, a empresa não avalia os impactos da transição net zero em suas operações, nem nas decisões de investimento, considerando os escopos 1 e 2 estabelecidos pelo GHG Protocol (pacote de padrões, orientações, ferramentas e treinamentos para que empresas e governos mensurem e gerenciem as emissões antropogênicas responsáveis pelo aquecimento global); 54,2% dos respondentes sinalizaram que a empresa não entende suas emissões enquadradas no escopo 3.

Finalmente, 49,6% relataram que a empresa não divulga sua ambição climática, planos de ação e o progresso de suas ações baseando-se em métodos e métricas científicas.

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