O desempenho do site do Magazine Luiza em 2016 foi destaque no relatório do Bradesco BBI de varejo para a América Latina, que estimou o valor da ação da rede de varejo ao final de 2017 em 140 reais, uma valorização de 33% em relação ao preço em que a ação fechou 2016.
O papel foi o mais valorizado da Bovespa, no ano passado, com 500% de crescimento. Mesmo assim, ainda está abaixo de seu preço de IPO. Caso a valorização projetada pelo Bradesco BBI se concretize, o papel iria superar seu preço de chegada à bolsa, em 2011, que foi de R$ 128.
“Acreditamos que o Magazine Luiza tem melhor estratégia que seus competidores e maior capacidade de capitalizar a recuperação da economia”, afirmou Richard Cathcart, analista do Bradesco BBI.
Segundo o Bradesco BBI, o foco do Magazine Luiza no cliente é o combustível para o crescimento nas vendas da empresa, colocando a companhia em posição de destaque para aproveitar a retomada da economia. “A estratégia centrada no consumidor é a força por trás do crescimento das vendas. Ela contribui para a empresa ser referência em indicadores de satisfação e contar com uma densidade de vendas superior a de concorrentes.”
O banco afirma que o brasileiro vê o Magazine Luiza como o melhor serviço de vendas online no país. Parte da vantagem está em sua rede de lojas físicas, que têm papel estratégico para auxiliar a logística do digital.
O Market Place do Magazine Luiza, que começou a ser implementado no segundo semestre de 2016, também é visto como potencial. Segundo Cathcart, o nível de serviço que as companhias conseguirem entregar para seus parceiros e consumidores vai determinar o líder desse mercado, ponto que hoje o Magazine Luiza apresenta vantagem.
Uma possível compra da Via Varejo pelas Lojas Americanas ajudaria na consolidação desse mercado e, segundo o Bradesco BBI, seria positivo para o Magazine Luiza, pois traria maior racionalidade dos preços, política que a companhia já adota.
Preparada para sair da crise
Segundo o analista, o momento do Magazine Luiza é o melhor para aproveitar uma possível guinada da economia, neste ano. A companhia apresentou bons resultados em 2016, enquanto o mercado sofreu com quedas. De acordo com o banco, a performance do Magazine Luiza é resultado de uma estratégia mais bem acertada, em relação a seus competidores.
O relatório do Bradesco destaca o estágio do serviço omnichannel e a transformação do Magazine Luiza em uma companhia digital com pontos físicos. A margem de lucro que a empresa apresenta em suas vendas também foi destaque, em comparação com os concorrentes. “Nossa análise diz que a tendência é que a diferença de margem entre o Magazine Luiza e competidores aumente. Essa diferença se explica pela estratégia centrada no cliente e uma execução superior”.