Publicidade
Início Blogueria Como o Design de Serviços vai impulsionar o capitalismo no Brasil

Como o Design de Serviços vai impulsionar o capitalismo no Brasil

0
Publicidade

No cenário atual, marcado pela crescente importância da sustentabilidade e responsabilidade social, as empresas brasileiras precisam se adaptar e inovar para atender às demandas de um consumidor consciente e exigente, especialmente as gerações mais jovens. Nesse contexto, há ferramentas de inovação capazes de promover transformações positivas, graças à abordagem centrada nas pessoas e à ênfase na cocriação.

Pesquisa da McKinsey & Company, feita em 2022, indica que 70% dos consumidores brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços sustentáveis, alinhando-se à tendência global destacada no relatório do Pacto Global da ONU (2023), onde 83% dos CEOs consideram a integração da sustentabilidade ao ponto central do negócio crucial para o sucesso a longo prazo. Entretanto, o relatório da Fundação Dom Cabral de 2021 identificou a falta de conhecimento e recursos como obstáculos para muitas empresas.

Muito embora sejam fatos, há quem possa contribuir no encaminhamento de soluções. Pelo menos na busca desse caminho: o design de serviços.

Capaz de ofertar uma abordagem para superar esses desafios e desbloquear o potencial da sustentabilidade e da responsabilidade social no mercado brasileiro, o design de serviços difere das abordagens tradicionais, porque parte do entendimento das necessidades e aspirações dos usuários, stakeholders e comunidades. Sempre tendo como norte a busca por soluções relevantes, inclusivas e contextualizadas ao Brasil, além de incentivar a colaboração entre diversos grupos, como ONGs, comunidades locais e empresas.

Essa abordagem colaborativa, exemplificada em projetos como “Amazônia Sustentável”, do Banco do Brasil, tem como foco soluções holísticas e eficazes para questões complexas. Dados e métricas para mensurar o impacto das iniciativas possibilitam melhorias contínuas e garantem, por exemplo, que projetos como o cartão de crédito “Nu Árvore”, do Nubank, estejam gerando mudanças reais.

Contudo, há mais por fazer. Há, porque existem diretrizes que podem ajudar as empresas a alcançar seus objetivos tendo o cliente no foco ou até o cliente do cliente na mira. Porque se o processo de desenvolvimento das soluções está adequado às necessidades dos seus clientes, priorizando o entendimento das demandas e do contexto específico do mercado brasileiro, isso se torna um ponto favorável na curva de implementação do design de serviços. Adaptar soluções internacionais à realidade brasileira, evitando cópias diretas e colaborando com diversos stakeholders para garantir soluções inclusivas e impactantes, também está na trilha do design de serviços. E agir com transparência em relação aos esforços de sustentabilidade, evitando práticas de greenwashing ou lavagem de dinheiro, começando com projetos piloto, logo será mitigado pela base de dados e feedback. Novamente aqui, design de serviços.

Em outras palavras, o mercado brasileiro oferece terreno fértil para que essa ferramenta promova transformações positivas. Ao abraçar uma abordagem centrada nas pessoas, colaborativa e baseada em dados, as empresas brasileiras podem desbloquear o potencial do design de serviços, que é sustentável e socialmente responsável. E isso pode transformar o Brasil numa potência global, uma vez que impacto positivo e duradouro são termos presentes no cotidiano.

Ou seja, os exemplos explorados aqui servem como trampolim para mais inovação e colaboração, pavimentando o caminho para um futuro mais sustentável e justo para o Brasil e o mundo. Nada mais atual, nada mais design de serviços.

Vitor Perez, co-fundador da Kyvo e designer, com mais de 15 anos de experiência. Pós-Graduado em Design Centrado no Usuário pela Universidade Positivo, especializado em User Experience Design pela NN/Group e Gestão de Processos e Operações pela Saint Paul.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile