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Grandes da internet querem entrar no mundo móvel, com publicidade

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Uma das maiores empresas de ?mídia? do mundo da internet, a Yahoo!, parece estar convencida de que precisa ser também uma empresa de ?mídia? no mundo da telefonia móvel.

?Hoje há muito mais telefones móveis no mundo do que PCs e a velocidade de crescimento desse mercado também é muito maior?, ponderou Marco Boerries, vice-presidente da área de telefonia móvel da Yahoo!.

O que se vê, ao menos em algumas das apresentações que compõem o 3GSM World Congress, que acontece esta semana em Barcelona (é o maior congresso de telefonia móvel do mundo), é que o velho modelo da mídia tradicional, financiada pela publicidade, é a prioridade de muitas das empresas tipicamente de internet que querem entrar no mundo da telefonia móvel.

Má notícia para as mídias tradicionais, já que empresas como Google e Yahoo não perdem nada ao tentar drenar receitas das TVs, jornais e revistas.

?O que buscamos na telefonia móvel são aplicações que possam ser usadas várias vezes ao dia, como notícias e ferramentas de busca, para criar escala, e assim atrair publicidade. Hoje a receita das empresas de telefonia móvel vem na maior parte de voz e SMS. Vocês precisam atrair também publicidade?, disse Boerries para uma platéia de operadores de telefonia.

A lógica da Yahoo é a seguinte: não adianta ficar apenas adicionando serviços à rede e esperar que os usuários paguem a mais por isso ou pelo tráfego gerado. Por outro lado, a massa de 2,6 bilhões de celulares no mundo pode atrair o grande volume de dinheiro hoje colocado nas mídias tradicionais.

O velho modelo de negócios da mídia tradicional (que apesar de velho ainda gera muito dinheiro), portanto, pode ter daqui para a frente a concorrência das empresas que operam ou geram conteúdo para a telefona móvel.

?Hoje, o Yahoo tem cerca de 500 milhões de usuários. Certamente quase todos têm telefones móveis. O que precisamos é combinar isso, mas não podemos tornar a internet móvel algo sem receita. Temos que tirar dinheiro disso?, diz Boerries.

Problemas

Aliás, o tema mobile advertising (repare que há alguns anos o jargão mais comum era mobile marketing, o que parece estar mudando agora) é recorrente nesta edição do 3GSM Congress.

?Em termos de mobile advertising, nós temos o que ninguém ainda tem, que é uma tremenda capacidade de customizar o que chega ao usuário. E temos uma perspectiva de grande expansão de nossa capacidade banda larga", disse o CEO da Vodafone, Arun Sarin.

Mas há problemas que ainda estão em busca de uma solução. ?Não temos padrões claros de como apresentar essa mídia para a publicidade. Existe uma quantidade muito grande de sistemas operacionais e ambientes de software entre os vários handsets, o que dificulta a expansão desse mercado?, diz Sarin, lembrando que essa questão dos padrões também é crítica para que a plataforma de telefonia móvel seja melhor aproveitada no campo da música, TV e mobile payment. ?Não precisa ser um padrão apenas, mas também nem tantos.?

?O mundo realtime está chegando ao celular e estamos sendo expostos a diferentes modelos. É preciso saber quem paga quem. Há muitos novos entrantes em todas as áreas. A Apple faz telefones, a Nokia faz aplicativos, o Skype opera voz. Temos que lidar com essa realidade?, diz Hamid Akhavan, presidente do conselho da T-Mobile e responsável pela divisão de telefonia móvel da Deutsche Telekom.

Para o CEO da GSM Association, Rob Conway, além das questões de padronização ainda falta um certo esforço da indústria de conteúdo para melhor aproveitar a imensa plataforma de usuários móveis. ?Não basta adaptar o conteúdo. Ele tem que ser feito para a mobilidade?.

Redes

Para o presidente da Ericsson, Carl Svanberg, a grande novidade deste ano é que as aplicações que não envolvem voz devem gerar a mesma quantidade de tráfego nas redes móveis que o serviço de voz tradicional, e isso se multiplicará várias vezes em cinco anos.

?As operadoras estão sendo expostas a diferentes modelos de negócio e tentam descobrir quais são os melhores, o que nos leva a um outro problema, que é ter redes e sistemas que comportem esses modelos. A mesma qualidade e confiabilidade das redes tradicionais têm que se aplicar a uma rede móvel para que estes serviços possam ser oferecidos?, diz.

Sobre a questão das redes, Hamid Akhavan, da T-Mobile, lembra que o perfil das aplicações está mudando. ?Não é só levar os dados da rede para o usuário, não é só download. Hoje há uma grande demanda por sincronização, as informações também são produzidas e enviadas pelos usuários para a rede e para outros usuários, e isso afeta o que temos de infra-estrutura."

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