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Impactos do open insurance serão sentidos a partir de 2024, diz estudo

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A Capgemini Brasil desenvolveu, em parceria com o consultor Francisco Galiza, uma pesquisa inédita sobre como o mercado está reagindo ao primeiro ano de implementação do Open Insurance, os desafios encontrados nesta etapa de transição, análise das principais tendências para os próximos anos e a criação de indicadores que deverão aferir a cada 3 ou 4 meses a evolução do Sistema de Seguros Aberto no Brasil.

O estudo ainda é pioneiro ao produzir um marco teórico sobre o tema, já que o País foi o primeiro a iniciar a regulação formal e, ao mesmo tempo, contempla uma visão prática do cenário. Entre as principais conclusões do relatório estão a data base de 2024 – para que os efeitos dos avanços promovidos estejam mais perceptíveis -, os produtos com menor complexidade serão os com maiores mudanças – Vida, Auto, Massificados e Previdência -, e que as organizações devem implantar medidas de foco no cliente, processos inteligentes, inovação e ecossistema aberto para não perderem espaço no mercado.

O estudo Análise de Mercado do Open Insurance: Desafios, oportunidades e estratégias ouviu entre fevereiro e março de 2022, mais de 60 executivos com altos cargos em seguradoras, grandes corretoras, InsurTechs, resseguradoras, entidades representativas, dentre outros agentes do mercado, e construiu um balizador, com análise de mercado e indicador. O resultado apontou para um rico panorama de transformação e elevado nível de competitividade que irá se instalar nos próximos anos, além dos desafios e a necessidade da tomada de ações imediatas pelas companhias do setor.

“Entre os principais aprendizados detectados está o ano base de 2024, momento em que os avanços e esforços realizados para o Open Insurance estarão maduros. Por isso, torna-se de extrema relevância, que as empresas atualizem suas plataformas tecnológicas e acompanhem os movimentos de mercado desde já, para oferecerem novos produtos e de fato atuarem na omnicanalidade”, afirma Roberto Ciccone, vice-presidente para Serviços Financeiros da Capgemini Brasil.

Galiza explica que a ausência de benchmarks internacionais tem causado insegurança e levantado muitas questões entre executivos e empresas do setor desde o início da implantação do Open Insurance no Brasil, em 2021. “Nosso objetivo é apresentar ao mercado um guia para todos os players, que sane dúvidas e aponte caminhos nessa jornada. Mediremos o nível de aderência ao Open Insurance por meio de indicadores”.

Construído num formato didático de perguntas e respostas, o estudo Open Insurance Brasil Capgemini permeia quatro questões básicas. São elas:

1-Open Insurance será realmente importante para o mercado de seguros brasileiro e quando serão sentidos seus efeitos?
2-Quais os principais impactos que se pode esperar do Open Insurance?
3-Quais desafios precisam ser vencidos na nova realidade?
4- Como definir estratégias eficientes para ter sucesso neste novo ambiente?

Impacto — De acordo com o relatório, 67% dos executivos entrevistados acreditam que os resultados do Open Insurance começarão a ser sentidos mais fortemente a partir de 2024. Dentre os ouvidos, 80% afirmam que transformará estruturalmente o mercado de Seguros e 85% acreditam no surgimento de novos produtos, enquanto 82% em novos canais de distribuição. Para 80% dos executivos, haverá uma maior competitividade e disputa pelos clientes, além da entrada de novos players, como as Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SISS).

No caso do Open Insurance, as seguradoras, até o momento, não demonstraram interesse pelas SISS, fenômeno bem diferente do que ocorreu com o Open Banking internacional, em que os bancos tradicionais se anteciparam e investiram nestes intermediadores digitais. Segundo a pesquisa, as InsurTechs, as FincTehs, os bancos e as big techs devem ser as grandes operadoras dessas sociedades.

O estudo aponta que quanto menos complexo for o produto e menor o trabalho de consultoria envolvido na sua comercialização, mais significativo será o impacto do Open Insurance. Desta forma, os clientes pessoas físicas, micro e pequenas empresas sentirão com maior intensidade as mudanças e com potencial de serem amplamente beneficiados. Se considerarmos os ramos de atuação dos seguros, Vida, Auto, Massificados e Previdência, serão os mais impactados segundo os executivos entrevistados.

“Os insights nos mostram as profundas transformações que o mercado de seguros passará nos próximos anos. Com o domínio de seus próprios dados e a chegada de novos players que sabem como utilizar essas informações, o consumidor será o grande beneficiado, com produtos inovadores, personalizados, com custos mais atraentes e que estarão diretamente conectados com o momento de vida deles”, complementa Renata Ramos, líder de Seguros da Capgemini Brasil.

Desafios — O relatório dedica um capítulo especial para tratar somente dos obstáculos para a democratização do Sistema. Foram mapeadas oito grandes dificuldades que devem ser superadas até 2024:
1. Preparação tecnológica do Setor
2. Comunicação com a Sociedade e o Setor de Seguros
3. Entendimento do Setor de Seguros sobre a SISS
4. A estratégia de negócio
5. Adoção pelos agentes e consumidores
6. A interoperabilidade com o Open Finance
7. Desafios Regulatórios
8. O risco de mau uso dos dados

“O estudo vem em resposta a uma série de dores que podem atrasar ou impedir que as companhias do setor obtenham êxito ao adotar o Open Insurance. Apontamos medidas para superar essas dificuldades e ajudar na definição de estratégias eficientes nessa jornada”, aponta Gustavo Leança, líder de soluções para Seguros da Capgemini Brasil.

Leança ressalta que o setor precisa evoluir na adoção de novas tecnologias para acompanhar a hiperpersonalização, agilidade no atendimento de consumidores e desenvolvimento de novos produtos, além de armazenamento seguro de dados. O executivo ainda explica que atender aos marcos regulatórios e as novas regras de mercado exigirá um empenho especial de todos que trabalham na cadeia de negócios.

“A tecnologia, a nova regulamentação e evolução do mercado mudaram a dinâmica do segmento. As companhias que estavam em uma zona de conforto precisarão demonstrar resiliência para se adaptarem e permanecerem relevantes para o consumidor”, conclui o executivo.

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