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Brasil lidera inovação e adoção de novas tecnologias na AL, segundo estudo da Visa

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O Brasil lidera a a América Latina em inovação tecnológica e é pioneiro na adoção de novas tecnologias, como machine learning, inteligência artificial, big data, biometria entre outras modernas soluções. Esta é a conclusão do relatório ‘The State of Innovation in Latin America’, elaborado pela Americas Market Intelligence (AMI) e publicado pelo Centro de Inovação da Visa, em Miami.

Segundo o estudo, a inovação nos pagamentos foi favorecida pelo robusto ecossistema de pagamento local, incluindo grupos varejistas de classe mundial, autoridades reguladoras com visão de futuro que tornaram a interoperabilidade dos cartões obrigatória há quase dez anos, além de investimentos de capital de risco em fintechs – as startups brasileiras atraíram quase 90% dos 570 milhões de dólares investidos em fintechs em 2017.

O relatório examina os indicadores, as tendências e os referenciais das empresas mais inovadoras da América Latina e do Caribe partindo da perspectiva de pagamentos e serviços financeiros. Elaborado pela Americas Market Intelligence (AMI), o relatório avalia o nível de inovação nas empresas dos principais mercados da região: Argentina, Brasil, México, Chile, Colômbia e Peru.

“A inovação em nossa região tem vindo de lugares surpreendentes: varejistas estão se tornando provedores de serviços financeiros, enquanto mercados virtuais oferecem serviços bancários e bancos usam mais plataformas abertas para facilitar pagamentos – tudo isso, em um esforço para reter clientes”, explica Vanessa Meyer, VP de Inovação da Visa na região América Latina e Caribe.

“Os consumidores estão exigindo experiências de compra mais rápidas, integradas e convenientes, além de novas formas de pagar. É isso que as empresas inovadoras estão entregando, e este estudo sinaliza fortemente como podemos continuar trabalhando com nossos parceiros na região para acelerar a inovação nos pagamentos”.

Com o enfoque em diferentes tipos de empresas, o estudo inclui instituições financeiras, estabelecimentos comerciais, gateways de pagamento, agregadores e fintechs. Para medirem o grau de inovação, AMI e Visa avaliaram as empresas considerando quatro pilares-chave, como o apoio interno à inovação, habilidade de executar, uso de novas tecnologias e capacidade de escalar as soluções.

Entre as empresas com os níveis mais altos de inovação estão as que já nasceram digitais, bancos líderes e alguns varejistas tradicionais. Após analisar suas estratégias, o estudo indicou que as empresas mais inovadoras na América Latina têm várias características importantes em comum:

·       Equipe, departamento ou centro dedicados à inovação;

·       Laboratórios de inovação e espaços abertos dentro dos escritórios para promover a colaboração entre os diferentes departamentos;

·       Incorporam a inovação interna e externamente, com uma média de 140 APIs e parcerias com 15 startups por ano, em média

·       Dessas empresas, 80% usam tecnologias líderes de indústria, como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning

·       Conseguem escalar suas soluções internacionalmente, levando-as para mais de cinco mercados

·       Produziram uma média de 57 provas de conceito nos últimos três anos

·       Desenvolvem soluções em menos de cinco meses

O estudo mostra ainda que os níveis de inovação na região são bem heterogêneos, variando conforme a indústria e o local pesquisado. Abaixo algumas das conclusões por países:

No Brasil, bancos e varejistas brasileiros se destacam pelo seu envolvimento em biometria com ênfase no reconhecimento facial, assim como tokenização, chatbots e outras ferramentas de alta tecnologia. Por todas essas razões, o Brasil está posicionado para continuar a liderar a região em inovação, forjando o caminho para o resto da América Latina seguir.

O mercado mexicano lidera em termos de inovação em modelos de negócio, expandindo o acesso a serviços bancários, desenvolvendo soluções omnichannel e métodos alternativos de pagamento para os consumidores com pouco acesso a serviços bancários. O México sedia mais de 300 startups do setor fintech em franco desenvolvimento.

A recente legislação mexicana está fortalecendo o ambiente para as fintechs, enquanto soluções omnichannel para serviços financeiros e cartões de crédito pré-pagos estão expandindo o acesso a serviços bancários de formas inéditas, ajudando a garantir um futuro promissor para a economia digital local, bem como a adoção de inovação e a inclusão financeira no país.

Na Colômbia, agregadores, plataformas digitais e instituições financeiras estão tornando os pagamentos digitais mais acessíveis e melhorando o acesso aos meios eletrônicos de pagamento, especialmente nos pagamentos card-on-file, carteiras digitais e adquirentes.

O país conta com uma das poucas empresas latino-americanas avaliadas em mais de um bilhão de dólares – a Rappi, plataforma on-line de serviços de entrega em rápida expansão para vários países da região e que lançou uma carteira digital própria, a RappiPay. Outras plataformas de pagamento digital da Colômbia seguem pelo mesmo caminho.

A Argentina, que conta com uma das indústrias de desenvolvimento de software mais fortes da região e uma força de trabalho talentosa, impulsionou o sucesso dos maiores sites de comércio eletrônico da região, como o MercadoLibre, o primeiro da América Latina em número de visitantes.

A inovação nos pagamentos deve ganhar muita força este ano dadas as iniciativas do governo e do banco central para promover os pagamentos em tempo real e uma carteira digital desenvolvida pelo governo, além de mudanças na iniciativa privada com uma abertura significativa na indústria de adquirentes.

O Chile é o líder regional em termos de penetração de transações com cartões de pagamento por aproximação, modernizando a experiência no PDV; além disso, sedia diversas startups de peso.  Grupos varejistas alcançaram e até superaram os bancos em termos de emissão de cartões e têm forte presença no comércio eletrônico.

Na frente regulatória, em 2017, o país aprovou uma lei que autorizou os meios eletrônicos de pagamento pré-pagos e trouxe mais dinamismo ao processamento de cartões, o que deve viabilizar mais inovações financeiras nos próximos anos, como um aumento no acesso a cartões pré-pagos, permitindo a compra de produtos e serviços digitais em sites internacionais.  

O Peru, cuja economia está em rápido crescimento, ainda depende bastante do dinheiro em papel, motivo pelo qual a adoção de novas tecnologias está abaixo dos outros mercados. A transformação digital ainda engatinha no país, e as empresas peruanas estão se concentrando em criar aplicativos e habilitar o comércio eletrônico. Entretanto, instituições financeiras estabelecidas, startups e estabelecimentos comerciais estão aumentando continuamente o acesso aos pagamentos digitais.

No geral, o estudo indica que a América Latina está caminhando para um paradigma em que fontes abertas e modelos de plataforma aberta estão se tornando o padrão.

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