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Nunca foi tão difícil saber com quem nos relacionamos: empresas devem priorizar arsenal contra fraudes de identidade na era da IA

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Recentemente, uma empresa chinesa sofreu um prejuízo de US$ 25 milhões, o equivalente a R$ 124 milhões, em um golpe elaborado. Após receber uma mensagem do suposto diretor solicitando uma transferência, um funcionário desconfiou de phishing, mas se sentiu confiante depois que ingressou em uma reunião com outros empregados que já conhecia, que se pareciam e falavam como os colegas reais. No entanto, todos na chamada de vídeo eram na verdade deepfakes realistas. O caso é apenas uma amostra da nova realidade das fraudes possíveis com a popularização da Inteligência Artificial (IA).

Muito longe do enredo de filme de ficção científica, as imagens geradas por IA e outras fraudes de identidade estão se sofisticando. Em outras palavras: nunca foi tão difícil saber com quem nos relacionamos no ambiente digital. Segundo o estudo Identity Fraud Report 2023, da empresa de tecnologia Sumsub, de 2022 a 2023 houve um aumento de 10 vezes no número de deepfakes detectadas no mundo. O Brasil é o país com a maior quantidade de deepfakes na América Latina, sendo responsável por aproximadamente metade de todos os casos observados na região.

Enquanto as big techs discutem a implementação de um recurso similar a uma marca d’água para conteúdos produzidos por IA, os golpes seguem em profusão, cotidianamente ameaçando vários mercados, como financeiro, seguros e comércio eletrônico. O refinamento das fraudes demanda reforço e diversificação das defesas pelas organizações, por meio da combinação planejada de recursos. Tudo isso levando em conta o equilíbrio com a qualidade da experiência do usuário.

Além das deepfakes avançadas e das chamadas cheapfakes ou face swaps, nos quais o rosto de origem é rudemente colado sobre o rosto-alvo, os fraudadores utilizam imagens estáticas em telas, fotografam fotos, máscaras 2D ou 3D para enganarem sistemas de bancos para criarem contas laranja e se beneficiarem com transações financeiras, por exemplo. Associada com outros processos, a verificação biométrica oferece uma camada extra de proteção nesses casos: com o pedido de selfie e prova de vida, que pode ser um sorriso do usuário, a tecnologia pode diagnosticar rapidamente se aquela transação suspeita, na verdade, é uma tentativa de fraude.

No fim do ano passado, colocamos a eficácia da solução de biometria facial da idwall à prova, em uma bateria com mais de 1.800 testes. Com o método de apresentação de três faces falsas a cada uma verdadeira, a tecnologia obteve nota máxima, sendo capaz de barrar 100% das fraudes, além de conseguir distinguir perfeitamente as imagens genuínas das adulteradas, sem nenhum erro registrado. Ou seja, no teste, não apenas bloqueamos todos os fraudadores, como também permitimos a entrada de todos os clientes reais. Como resultado, obtivemos o  selo iBeta Nível 1,  certificação respeitada internacionalmente e acreditada pelo National Institute of Standards and Technology’s (NIST) e National Voluntary Laboratory Accreditation Program (NVLAP).

Mesmo com a acurácia do reconhecimento facial, recursos adicionais não são dispensáveis, como a checagem de autenticidade documental, que une automatização a técnicas forenses realizada por profissionais em casos de inconsistência, e o Background Check, que pesquisa pessoas físicas, jurídicas e veículos em fontes de informações públicas e privadas.

Também se torna cada vez mais necessário tecnologias que permitam cruzar diferentes informações e efetuar a validação de identidade em segundos, já que transações como o PIX são corriqueiramente utilizadas por fraudadores para movimentar dinheiro oriundo de fraudes ou então zerar contas bancárias que foram invadidas.

Não há resposta simples para um cenário complexo e em constante transformação. Mas, felizmente, os mecanismos de proteção estão disponíveis e em contínua evolução para acompanhar a velocidade imposta pelo uso criminoso da tecnologia. As empresas que fizerem uma boa gestão da identidade digital não garantirão apenas a segurança, como também estarão estabelecendo uma vantagem competitiva de grande valor, pautada em uma base segura de informações estratégicas.

Danilo Barsotti, CTO da idwall.

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