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Para driblar onda de demissões, empresas precisam promover uma gestão humanizada de TI

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Foto: Paulinho Sefton
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A ressignificação do trabalho após o momento mais crítico da pandemia fez profissionais pedirem demissão em massa dos seus empregos, por não verem mais sentido em trabalhar em uma organização que difere dos seus valores. Os efeitos desse movimento, que ficou conhecido como great resignation, fizeram com que 53% dos CIOs classificassem a retenção de talentos como o principal desafio de 2022, de acordo com a consultoria Robert Half. Na área de tecnologia não foi diferente. Pelo contrário, o setor tem o maior turnover do mercado, com taxa de rotatividade em torno de 15%.   

Segundo o Gartner, líderes que não conseguirem proporcionar uma boa experiência ao funcionário, perderão vantagem competitiva em torno do futuro do trabalho. O relatório Redesigning Work for the Hybrid World apontou que, apesar de as organizações estarem se esforçando mais do que nunca para criar um propósito compartilhado, apenas 41% dos funcionários concordam que a liderança atua em seu melhor interesse.  

Diante desse cenário, é preciso agir rapidamente para promover uma gestão humanizada de TI que seja reconhecida no dia a dia. A cultura people first passou a ser uma prioridade de organizações que entenderam que, para a força de trabalho ter resiliência em momentos críticos, ela depende de inteligência emocional. Além de desenvolver profissionalmente e acompanhar o desempenho de cada profissional de forma personalizada, uma gestão humanizada se preocupa com a saúde mental no trabalho e o bem-estar dos funcionários. Afinal, fatores como esses estão diretamente relacionados à motivação e à produtividade. 

Iniciativas para promover a gestão humanizada em TI 

Devido às mudanças no modo de trabalho no setor de tecnologia, as empresas precisam antecipar tendências e adaptar suas estratégias para estarem alinhadas às expectativas dos profissionais. Porém, há uma série de ações básicas que, realizadas a longo prazo, podem trazer resultados muito positivos para a organização.  

Ouvir o que os colaboradores têm a dizer em relação a melhor forma de se comunicar entre o time, criar um ciclo estruturado e contínuo de feedbacks entre líder e liderado e promover planos de desenvolvimento transparentes são iniciativas primordiais para uma empresa que quer mostrar que está verdadeiramente preocupada com as pessoas que ali trabalham. Revisitar de tempos em tempos as métricas de avaliação utilizadas e incorporar práticas que promovam a diversidade, abordando temas relacionados à equidade e inclusão nas discussões são outras medidas relevantes. 

Em casos mais avançados, é possível unir a inteligência artificial ao trabalho do gestor, oferecendo incentivos oportunos e específicos, com repetição inteligente e deliberada. Esses incentivos podem ser entregues de várias maneiras: como um programa regular e estruturado; como um serviço sob demanda; ou em tempo real enquanto os profissionais executam suas tarefas. Eles também podem abranger um amplo espectro de tópicos, como saúde e bem-estar, experiência do usuário ou eficiência operacional.  

De forma geral, existem diversas atitudes que podem ser tomadas para que as instituições se adaptem aos novos modelos de trabalho e de trabalhador. Porém, em um mundo que caminha para uma mentalidade mais inteligente, com novas tecnologias despontando para percepções mais críticas da realidade, é preciso ter consciência de que as mudanças se tornarão cada vez mais frequentes e exigirão acompanhamento ágil por parte das organizações, que deverão passar a ver o trabalho com um olhar cada vez mais estratégico. 

Ana Paula Pogere, tech recruiter na Supero.

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