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Mobilidade as a service é a tendência para o transporte do futuro, indica estudo

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Em um ambiente que caminha para a predominância da aquisição de serviços em sobreposição a compra de produtos, o estudo ITT Report, desenvolvido pela Indra, indica que as tecnologias digitais devem marcar o futuro da mobilidade. Segundo o levantamento, o modelo de Mobilidade “as a service” (ou MaaS) deve adquirir importância fundamental nos próximos anos.

Popularizado e desenvolvido em primeiro lugar pela indústria de software, o modelo “as a service” basicamente consiste em vender direitos de uso (em vez de produtos) em qualquer dispositivo associado a uma conta de usuário, por uma mensalidade específica. Na prática, passa de uma compra pontual a um gasto periódico com os softwares.

A nova mentalidade deve afetar principalmente gestores de tráfego e concessionárias de rodovias, em que a Mobilidade “as a service” (ou MaaS) incluiria soluções para o acesso a determinadas rotas ou preços modulares e pagamentos em tempo real de acordo com as condições das estradas, data e horário, etc.

Com isso, uma das tendências apontadas pela consultoria é a de que, no futuro, usuários poderão configurar seus perfis, escolher seus meios de transporte, acessar a cada um deles e pagar no final do mês segundo o uso que cada um tenha feito, além de ter acesso a prêmios por suas escolhas mais sustentáveis.
E como fica a logística em meio à transformação digital?

Mais do que impactar a experiência de usuários, esse novo cenário também deve trazer consequências positivas para empresas. De acordo com a Indra, o transporte de cargas deve sofrer efeitos significativos em meio à transformação digital e deve sanar três principais desafios enfrentados pelo setor atualmente:

1. Otimizar custos com a manutenção da infraestrutura

2. Rastreabilidade das mercadorias

3. Garantir a entrega final de produtos

De acordo com o estudo, os dois últimos fatores devem ser resolvidos com plataformas de gestão integrada de mercadorias com rastreabilidade total, baseada em blockchain e smart contracts, conectadas com dados de tráfego em tempo real e que facilitem a distribuição com um menor impacto no meio ambiente.

Ao mesmo tempo, a manutenção das infraestruturas de transporte será cada vez mais previsível, partindo do próprio desenho da infraestrutura em BIM (Building Information Model) até à coleta de dados relevantes através de big data para estabelecer indicadores e padrões que, apoiados por inteligência artificial, facilitam a tomada de decisão. A revisão por veículos não tripulados (UAVs) e o uso de realidade aumentada para treinamento de operadores e assistência remota em reparos delicados também devem transformar a dinâmica desses serviços.

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