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AlphaGo: além da inteligência artificial

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O antigo jogo de tabuleiro chinês Go é a estrela do filme AlphaGo, do diretor Greg Kohs, que traz à tona diversas questões importantes que cercam o universo da inteligência artificial.

Este documentário relata a experiência da DeepMind[1], uma empresa da Alphabet Inc. Holding que controla diversas empresas que foram ou pertenceram ao Google, inclusive o próprio Google, ao anunciar uma partida contra nada menos que o campeão mundial do jogo chinês, Lee Sedol.

O Go é considerado o cálice sagrado da inteligência artificial por ter regras simples, mas que, por ter um número perto do infinito de possibilidades, o faz ser exponencialmente mais complexo que o xadrez.

O filme, longe de ter qualquer questão técnica, explora com muita precisão e visão lúdica o contexto humano da interação com a tecnologia e, principalmente, a relação naturalmente antagônica entre seres humanos e máquinas. Este antagonismo vem naturalmente a partir de todo o contexto em que a proximidade eventual da singularidade faz a coisa se parecer com os romances de ficção científica, e levantam afirmações assustadoras de que “a singularidade, se chegar no ponto que se fala, irá posicionar a humanidade da mesma forma que nós humanos posicionamos as baratas” [2]

O que começou como um confronto da raça humana contra as máquinas e com a presunção do coreano de que seria um jogo fácil, se transforma em um profundo drama onde tanto o jogador humano quanto o programa que joga aprendem e se relacionam de uma maneira ímpar. Humano e máquina se analisando e compreendendo cada jogada, tentando entender “porquês” resultam em um painel muito rico sobre as possibilidades do jogo e na evolução de ambos.

A certa altura de uma das partidas – o jogo é composto de cinco partidas – a máquina fez uma jogada improvável, que praticamente nenhum humano seria capaz de fazer, e determinou a vitória. Na partida seguinte, o coreano fez uma jogada igualmente diferenciada que determinou a vitória do humano. Ficou nítido de que a máquina aprendia com o jogo do humano na mesma medida em que o humano aprendia com a máquina e melhorava sua perspetiva. O jogo terminou em 4 a 1 para o AlphaGo, e a experiência foi considerada riquíssima por todos no meio de uma forte emoção, tanto do jogador coreano quanto na equipe da DeepMind.

Enio Klein, CEO da K&G DOXA Advisors e gerente geral da operação brasileira da SalesWay. Professor de Vendas e Marketing da Business School São Paulo.

O documentário e seus resultados nos trazem a visão e a esperança de que a singularidade não seja o fim dos humanos, mas o início de uma era de aprendizado e crescimento. Assistir ao filme foi uma experiência muito positiva e emocionante para mim. Acho que pode ser para você também. Recomendo!

[1] uma empresa da Alphabet Inc. Holding que controla diversas empresas que foram ou pertenceram ao Google, inclusive o próprio Google.

[2] Frase retirada de um podcast de Sam Harris, mencionada por um de seus entrevistados;

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