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Quem é o bom gestor: o que conta cabeças ou que premia resultados?

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Enfim a tão sonhada promoção aconteceu, depois de tantos anos de carreira, inúmeros treinamentos, especializações, MBA e certificações, finalmente o tão sonhado cargo de Gerente.
Cartão de visita, celular, notebook, carro da empresa, plano de saúde internacional, como é bom ser Gerente. Valeu a pena tanto esforço! O sentimento é de poder, decidir o que fazer, como fazer e de que maneira fazer. Gerenciar um time e quanto maior melhor, afinal é muito gratificante ver todas aquelas pessoas olhando com ares de submissão. Definir o futuro das pessoas, o que elas devem fazer em que momento e de que maneira, um verdadeiro imperador!
Por mais que você fique impressionado, pode acreditar: você está no século XXI e as descrições acima ainda são o sonho de muitos candidatos aos cargos de gestão.
O preocupante é que não estamos falando de gestores da velha guarda ou de empresas com processos antigos. Situações deste tipo acontecem em muitas empresas ditas modernas e com a garotada recém-chegada ao “poder”.
É interessante notar que a questão de gestores com perfil de imperador não está ligada a idade ou a formação acadêmica. O imperador tem características próprias que muitas vezes vem de berço, ganham reforço na adolescência e se consolidam na vida corporativa.
Não é difícil identificá-los: insegurança, necessidade constante de ter razão e, principalmente, só ser responsável pelo sucesso. Essas são algumas características que qualificam os aspirantes a imperador.
Home office e  gestão por resultado e por competência, são ações em curso em muitas empresas. O grande desafio não é convencer os executivos ou mudar a cultura dos profissionais, a maior barreira está na necessidade da chefia imediata em não perder o “poder” de ter seus liderados ao alcance das mãos.
É triste, mas no fundo o que os gestores ainda gostam é entrar naquele salão gigante e dizer: “todo mundo responde pra mim”.
Mesmo no século da tecnologia, dos processos e das certificações, as empresas ainda não conseguiram, de maneira eficiente, gerir e selecionar os seus gestores.
A maneira mais usual foi implantada no século passado, com foco exclusivo em resultados financeiros. Se o gestor consegue bater suas metas, ele pode tudo. Não conseguiu, está fora.
Da mesma maneira que as empresas não amadureceram o suficiente para selecionar os seus gestores, elas também não possuem um processo bem definido para avaliar os estragos causados por eles. Avaliação tendo como principal balizador os resultados financeiros é míope.
É raro ver empresas que coloquem em seu resultado o alto custo com a grande troca de profissionais (o famoso turn over) ocasionada pela truculência dos gestores, ou o aumento dos custos operacionais porque o gestor impediu a implementação de um programa de home office.
No outro extremo, os gestores tidos como democráticos, que trabalham por resultado, não importando se o profissional está na mesa ao lado ou em casa e tem na qualidade de vida dos seus liderados um objetivo a ser perseguido, também não é avaliado de maneira adequada.
Os gestores democráticos, normalmente são adorados pelos profissionais e nem sempre pelos executivos, porque pra ele a lucratividade é um dos objetivos de sua gestão e não sua razão de viver.
E você: que tipo de gestor vai ser quando crescer?

Alberto Marcelo Parada, formado em administração de empresas e análise de sistemas, com especializações em Gestão de Projetos pela FIAP. Já atuou em empresas como IBM, CPM-Braxis, Fidelity, Banespa, entre outras, e atualmente integra o quadro docente nos cursos de MBA da FIAP. Diretor de Projetos Sustentáveis da Sucesu-SP.

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