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Economia Circular na mineração: é possível ter uma cadeia produtiva mais sustentável?

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O setor mineral é considerado por muitos como “a indústria das indústrias”, já que serve de base para a evolução dos segmentos de eletrificação, eletrônicos, construção civil, entre outros. Entretanto, a demanda crescente por metais, minerais e outros recursos naturais tem levado ao esgotamento de depósitos e a movimentação da atividade minerária para áreas mais distantes e sensíveis.

Com isso, o setor da mineração tem percebido a necessidade de transformar a maneira como as matérias-primas são retiradas, utilizadas e descartadas. E é neste contexto que a Economia Circular surge como uma forte aliada na reestruturação da atividade mineral, visando maximizar a eficiência no uso de recursos naturais, conter os resíduos e diminuir os impactos no meio ambiente.

Esse cenário fica claro quando pensamos nos Critical Raw Materials (ou matérias-primas críticas), que são um grupo de materiais que desempenham um papel indispensável na cadeia de produção de tecnologias avançadas, como baterias para dispositivos eletrônicos e veículos elétricos, por exemplo.

A escassez de minerais como níquel e lítio pode comprometer diretamente a produção dessas tecnologias e impedir o avanço da transição energética e da descarbonização, duas das maiores demandas atuais da indústria e da sociedade.

Economia Circular na mineração

A Economia Circular é um modelo econômico que visa diminuir o consumo e o desperdício de recursos, aproveitando-os ao máximo e promovendo reutilização, reciclagem e recuperação de materiais. Diante desta realidade, diversas companhias do setor mineral estão adaptando seus processos e buscando melhores soluções. Um exemplo é a New Wave, holding global focada no desenvolvimento de rotas industriais e tecnologias inovadoras e sustentáveis para o setor minero-siderúrgico, que desenvolveu uma técnica inovadora com quatro patentes verdes, já concedidas pelo INPI, para a segregação de minerais por meio de micro-ondas: o Método Wave.

Essa tecnologia promove inédita segregação de minerais, contidos em baixos teores e não aproveitados pelos processos convencionais atuais. Dessa forma, resíduos depositados em pilhas secas de estéril e em barragens também são insumos para o Método Wave. Neste processo não é necessária a utilização de barragens de rejeitos, já que os poucos resíduos inertes são empilhados a seco. O método também permite a recuperação de diferentes minerais estratégicos de forma sustentável, além de 99% dos ácidos utilizados serem reciclados e reutilizados, sem a dispersão destes no ambiente.

Além da Economia Circular, a implementação de novas tecnologias também tem grande potencial de transformar o setor mineral nos próximos anos, contribuindo para uma melhor utilização dos recursos disponíveis e para a eficiência econômica, como: Inteligência Artificial (IA), Machine Learning, nanotecnologia, robótica e automação, realidades virtual e aumentada, drones e sistemas de monitoramento, Internet das Coisas (IoT), impressão 3D, entre outras.

Ainda que a relação entre a indústria tradicional e a escassez de recursos seja complexa, é possível enxergar um futuro mais consciente, sendo necessário que as empresas implementem mudanças genuínas, estudando formas de adaptarem seus processos e se comprometendo com a busca por uma sociedade mais sustentável, igualitária e transparente.

Gustavo Emina, Fundador e CEO da New Wave.

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