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Sony congela salários e corta bônus de empregados

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A Sony anunciou nesta quinta-feira, 19, que vai congelar o salário dos funcionários com cargos não-gerenciais no Japão. Esta é a primeira vez na história da fabricante de eletrônicos que essa faixa de empregados é atingida e, segundo a empresa, faz parte de seu esforço para reduzir custos e diminuir as perdas operacionais.
A Sony pode ser seguida pelas rivais Toshiba e Hitachi, medida que compromete a base do sistema salarial japonês desde o pós-guerra, que recompensa com aumento salarial o funcionário, com base na antiguidade. Mas outras empresas como a Panasonic já adotaram o congelamento dos salários, embora os funcionários continuem a receber aumento por tempo de antiguidade.
A Sony também irá reduzir o bônus médio do pessoal, tais como os dos trabalhadores das fábricas, de 1,5 milhão de ienes (cerca de US$ 15,6 mil) para 2,3 milhões de ienes (US$ 23,4 mil), corte que deve render a empresa uma economia de 10 bilhões de ienes neste ano (equivalente a US$ 10 milhões).
Segundo analistas, a movimentação das empresas nesse sentido mostra como a flexibilização do sistema trabalhista dos fabricantes japoneses está sendo estendido até o limite num esforço para reduzir custos sem ter de demitir pessoal.
A Sony trabalha com uma estimativa de perda de 260 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 2,7 bilhões) no ano fiscal, que se encerra no dia 31 deste mês. A maior parte dos rivais da fabricante espera perdas num patamar semelhante.
O presidente e CEO da Sony, Howard Stringer, se comprometeu a reduzir os custos em mais de US$ 3 bilhões no próximo exercício fiscal, segundo informações do jornal britânico Financial Times.
A Sony, assim como os demais fabricantes japoneses de eletrônicos, adotou a estratégia de cortar pessoal temporário, fechar fábricas e despedir empregados nas subsidiárias do exterior para tentar evitar a demissão de pessoal no Japão. Isso porque à maioria dos funcionários foram garantidos não apenas o aumento de salário como o emprego vitalício.
Uma outra alternativa que muitas empresas japonesas estão adotando são os programas de divisão de trabalho, em que os empregados têm suas horas diminuídas, com a redução dos salários. A Hitachi, por exemplo, propôs a todos os seus trabalhadores que tirem um dia de licença sem vencimento por mês, mas os sindicatos estão resistindo à ideia.

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