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Funcionários descuidados são o maior problema na perda de dados das organizações, aponta relatório

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Relatório desenvolvido pela Proofpoint comprova em números o que muitos especialistas afirmam qualitativamente: as pessoas são o elo mais vulnerável na cibersegurança. De acordo com o estudo, embora as organizações estejam investindo em soluções DLP, o relatório da Proofpoint mostra que esses investimentos são muitas vezes inadequados, com 85% das organizações pesquisadas no Brasil enfrentando perda de dados no ano passado.

Mais de nove em cada 10 pessoas afetadas enfrentaram um resultado negativo, como interrupção dos negócios e perda de receita (relatada por mais de 50% das organizações afetadas) ou danos à reputação (40%). No entanto, surpreendentemente, os dados da plataforma de proteção de informações da Proofpoint revelam que apenas 1% dos usuários em todo o mundo é responsável por 88% dos alertas.

As descobertas revelam que a perda de dados é um problema decorrente da interação entre pessoas e máquinas — “usuários descuidados” têm muito mais probabilidade de causar esses incidentes do que sistemas comprometidos ou mal configurados.

O relatório Data Loss Landscape, que explora como as abordagens atuais de prevenção contra perda de dados (DLP) e as ameaças internas estão resistindo aos desafios macro atuais, como proliferação de dados, agentes de ameaças sofisticados e inteligência artificial generativa (GenAI).

“Esta pesquisa destaca o aspecto mais crítico do problema de perda de dados: o fator humano”, disse Ryan Kalember, diretor de estratégia da Proofpoint. “Usuários descuidados, obstinados e mal-intencionados são e continuarão a ser responsáveis pela grande maioria dos incidentes, enquanto as ferramentas GenAI absorvem tarefas comuns e obtêm acesso a dados confidenciais no processo. As organizações precisam repensar suas estratégias de DLP para abordar a causa subjacente da perda de dados – as ações das pessoas – para que possam detectar, investigar e responder a ameaças em todos os canais que seus funcionários usam, incluindo nuvem, endpoint, e-mail e web”, complementa Kalember.

O relatório examinou respostas de 600 profissionais de segurança terceirizados de organizações com, no mínimo, 1 mil funcionários em 17 setores e 12 países, incluindo o Brasil. Esses insights foram complementados com dados da plataforma de proteção de informações da Proofpoint e da Tessian, que a Proofpoint adquiriu em 2023, para transmitir a escala da perda de dados e das ameaças internas que as organizações enfrentam.

As principais descobertas incluem:

• A perda de dados é um problema generalizado, mas evitável: quase nove em cada dez (87%) das organizações no Brasil sofreram perda de dados no ano passado (uma média de 12 incidentes por organização), e 63% dos profissionais de segurança brasileiros disseram que a principal causa foram usuários descuidados. O descuido inclui o direcionamento incorreto de e-mails, a visita a sites de phishing, a instalação de software não autorizado e o envio de dados confidenciais por e-mail para uma conta pessoal. Todos esses são comportamentos evitáveis que poderiam ser mitigados com práticas como a implementação de regras de política DLP para e-mail, uploads na web, sincronização de arquivos na nuvem e outros métodos comuns de exfiltração de dados.

• O e-mail mal direcionado é uma das fontes mais simples e significativas de perda de dados: de acordo com dados de 2023 da Tessian, cerca de um terço dos funcionários enviou um ou dois e-mails para o destinatário errado. Isso significa que uma empresa de 5 mil funcionários pode esperar lidar com cerca de 3.400 e-mails mal direcionados por ano. Um e-mail mal direcionado contendo dados de funcionários, clientes ou pacientes pode potencialmente desencadear uma multa significativa, de acordo com o LGPD e outras estruturas legais.

• A IA generativa é a área de preocupação que mais cresce: ferramentas como ChatGPT, Grammarly, Bing Chat e Google Gemini estão aumentando em poder e utilidade, e mais usuários estão inserindo dados confidenciais nessas aplicações. “Navegar em sites de geração de IA” se tornou uma das cinco principais regras de alerta de DLP e ameaças internas configuradas por organizações que usam a plataforma de proteção de informações da Proofpoint.

• As consequências de ações maliciosas podem custar caro: 18% dos entrevistados brasileiros disseram que pessoas mal-intencionadas, como funcionários ou prestadores de serviços, estavam por trás dos incidentes de perda de dados. Ações maliciosas e desligamento de funcionários que buscam prejudicar a organização podem ter implicações ainda maiores do que pessoas internas, porque esses indivíduos são motivados por ganhos pessoais.

• Os funcionários que estão saindo da empresa foram identificados como a terceira categoria de usuários de maior risco no Brasil: quem está saindo nem sempre pensa que está agindo de forma maliciosa – alguns simplesmente se sentem no direito de sair com as informações que produziram. Os dados da Proofpoint mostram que 87% do vazamento anormal de arquivos entre locatários da nuvem durante um período de nove meses foi causado por funcionários que saíram, ressaltando a necessidade de estratégias preventivas, como a implementação de um processo de revisão de segurança para essa categoria de usuários.

• Os usuários privilegiados são os que apresentam mais riscos: 64% dos profissionais brasileiros de segurança identificaram os funcionários com acesso a dados confidenciais, como profissionais de RH e finanças, como representando o maior risco de perda de dados. Além disso, os dados da Proofpoint mostram que 1% dos usuários globais é responsável por 88% dos eventos de perda de dados. Estas descobertas indicam que as organizações devem priorizar as melhores práticas, como o uso da classificação de dados para identificar e proteger dados críticos para os negócios e as “joias da coroa”, além de monitorar pessoas com acesso a dados confidenciais ou privilégios de administrador.

• Os programas de prevenção contra perda de dados das organizações estão amadurecendo: embora muitos programas tenham sido inicialmente implementados em resposta a regulamentações legais, 67% dos participantes da pesquisa no Brasil citaram a proteção da privacidade de clientes e funcionários como o principal motivador. O setor financeiro é uma exceção – a regulamentação foi a resposta mais comum para estas organizações, seguida pelos setores da saúde e governamental.

“Os canais emergentes ressaltam a importância de revisar regularmente os programas de prevenção de perda de dados (DLP), já que esses tipos de desenvolvimentos rápidos mudam o comportamento dos usuários”, disse Kalember. “Estratégias como a implementação de plataformas DLP criadas especificamente para esse fim podem ajudar a avançar os programas de segurança, permitindo que as equipes de segurança obtenham visibilidade total do usuário e dos dados em todos os incidentes e abordem todo o espectro de cenários de perda de dados centrados no ser humano, uma variável crítica de segurança de dados – e os programas de prevenção contra perda de dados devem reconhecer isso.”

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