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Cuidado com o seu chefe!

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Um velho ditado diz: “jabuti não sobe em árvores. Se você encontrar um jabuti em uma, não tente tirá-lo do lugar. Com certeza alguém colocou-o ali!”

No mundo corporativo encontramos, frequentemente, jabutis em árvores, ou seja, à frente de times que, não possuem a menor competência para comandar. O difícil é quando você faz parte desse time.
Nessa situação, o esperado é você falar mal do chefe do seu chefe pelos corredores, afinal foi ele o responsável por colocar o jabuti em cima da árvore. Porém, antes de sair falando e gritando aos quatro cantos, reflita.

A cada dia mais executivos carregam seu time para onde vão. Justificam que é por segurança, é melhor trabalhar com quem se confia. Muitas vezes é mesmo por vaidade.

Foi divulgado recentemente uma pesquisa feita por psicólogo da Universidade de Oxford apontando que os CEOs são líderes em psicopatia. Então, muito cuidado em sair criticando-os pelos corredores.
A melhor solução não é bater de frente, muito menos ficar pulando de empresa em empresa, com o objetivo de fugir. Tenha em mente que nos dois casos o único prejudicado será você.

Bater de frente tem se mostrado uma prática com poucos resultados positivos. O ódio e a ira (por mais que você tenha razão) gerados no seu chefe são tão grandes que ele fará de tudo para te desqualificar.
Sair da empresa para outra onde você acredita que o ambiente é melhor e não tem os mesmo vícios mostra-se, em curto prazo, um mau negócio. Primeiro porque sempre achamos que o quintal do vizinho é melhor e, na maioria das vezes, não é; e segundo porque o turn over dos executivos é tão grande que não é raro na próxima mudança organizacional você ganhar um chefe jabuti.

Da mesma maneira que os executivos e seus times aparecem com força e poder avassaladores, semelhante aos furacões, eles passam tão rapidamente como chegam, deixando como legado um rastro de destruição enorme, muito distante do aumento da lucratividade que se esperava.

O melhor a fazer é aprender a conviver. O ideal é saber se aproximar dos jabutis o suficiente para que eles tenham confiança em você sem achar que é uma ameaça, mas sem se aproximar demais para não ser confundido com alguém do time e, quando o furacão passar, ser arrastado para fora da empresa junto com ele.

Não é simples fazer isso. Mas é certo que dá resultado, não só interno como externo. Internamente você poderá ser alçado a novas posições por conhecer os processos e os clientes e, externamente, porque o jabuti continuará pulando de empresa para empresa e não tê-lo como desafeto pode ser um fator decisivo para aumentar a sua empregabilidade.

O mais importante a aprender com tudo isso é a responsabilidade que você tem com a extinção deste tipo de espécie das corporações. Quando você estiver em postos de relevância ao invés de se cercar de jabutis, traga para o seu time profissionais sérios e competentes como você e lembre-se da frase que é sempre esquecida quando se chega ao topo do organograma: “O que eu não gosto pra mim não faço para os outros”.

Alberto Marcelo Parada, formado em administração de empresas e análise de sistemas, com especializações em gestão de projetos pela FIAP. Já atuou em empresas como IBM, CPM-Braxis, Fidelity, Banespa, entre outras. Atualmente integra o quadro docente nos cursos de MBA da FIAP, além de ser diretor de projetos sustentáveis da Sucesu-SP

 

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