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Os investimentos voltaram. E agora, CIO ?

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Nos últimos anos, o principal desafio das empresas foi se adequar à nova realidade de custos que a crise financeira trouxe. Orçamentos tiveram que ser revistos, projetos cancelados ou postergados ao máximo. A ordem do dia passou a ser “fazer mais por menos”, buscar eficiência e operar com a mínima estrutura possível.
Busca de eficiência e ganhos operacionais eram os principais motivadores pelos quais as áreas de negócio decidiam ir adiante com seus projetos. E os CIOs, como responsáveis pela implementação de iniciativas relacionadas com tecnologia, tiveram que colocar o pé no freio em uma série de projetos que gostariam de colocar no ar e aqueles que as companhias precisavam naquele instante.
Porém, é notório que a crise por aqui acabou. O Brasil está crescendo e também grande parte dos países em desenvolvimento. Novos empregos são gerados, o consumo em constante crescimento e isto gera impactos positivos na cadeia como um todo. Já se nota em que alguns segmentos específicos a falta de produtos para atendimento da demanda, e em alguns setores, a falta de mão-de-obra especializada, já é uma realidade. Mesmo em um ano de eleições, não acredito que o cenário econômico mudará.
Dentro deste novo contexto, os direcionamentos para se definir se um projeto vai ou não ser levado adiante, passaram a ser o impacto no crescimento, no atendimento desta nova demanda, na melhoria dos serviços aos clientes, na busca de maior participação de mercado, e acima de tudo, aproveitar esta retomada para estar a um passo da concorrência.
Infelizmente, em várias reuniões que participo com colegas, clientes, alunos e amigos, o sentimento geral é que os processos de decisão pela escolha de uma determinada tecnologia ou pelo parceiro de negócios que irá implementá-la, ainda é feita principalmente em razão do critério preço.
O CIO deve ter em mente que o valor que irá despender para implementar um novo projeto, seja com produtos ou serviços, é sempre algo importante e deve ser considerado, porém tenho plena convicção de que a relação custo/benefício é mais significativa. O CIO deve buscar qualidade em suas escolhas, pois este é um item crucial em qualquer novo projeto. O fornecedor de tecnologia e o implementador devem ter, no mínimo, conhecimentos específicos do segmento em questão, e o CIO tem como missão deixar isto claro durante o processo de escolha. Só que isto tem um preço, pois exige investimentos em pessoas o tempo todo.
CIO, lembre-se que seu papel na organização vai muito além de apenas de dar suporte para as iniciativas de tecnologia. Como você entende muito do negócio da sua empresa, às vezes mais e melhor que algumas áreas da organização, é de sua responsabilidade, também, mostrar para estas áreas, principalmente compras e suprimentos, que uma decisão errônea tem um custo altíssimo. Uma definição baseada em comprar o mais barato pode ser um empecilho no sucesso de um projeto e, acima de tudo, estacionar sua carreira. O momento é positivo para que você possa mostrar seu valor para a empresa, e usar isto para galgar novos degraus na hierarquia.

Mario Faria é sócio da área de consultoria da IBM Brasil e professor de Marketing e Estratégia da BSP (Business School São Paulo) – mario.faria@prof.bsp.edu.br

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