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Brasil lidera mercado latino-americano de serviços de data center, indica estudo

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O Brasil liderou o mercado latino-americano de serviços de data center no ano passado, com participação de 58,5%, de acordo com dados da Frost & Sullivan. A projeção da empresa de consultoria e pesquisa é que o país alcance 59% de market share na região até 2017. Segundo o estudo, o mercado total de serviços de data center na América Latina movimentou US$ 2,3 bilhões em 2012 e a previsão é crescer 9,6% anualmente nos próximos quatro anos.

A Frost & Sullivan diz que o mercado de serviços de data center na América Latina foi beneficiado pelo aumento da demanda por terceirização de processos de tecnologia, aplicações e infraestrutura, além de cada vez mais os CIOs entenderem que suas empresas podem se beneficiar da computação em nuvem. Na avaliação da consultoria, as vantagens financeiras de transformar despesas de capital (Capex) em custo operacional (Opex), já que os custos internos de manutenção da infraestrutura de TI estão aumentando devido a sua complexidade, estão motivando as empresas da região a partirem para a terceirização. O estudo ressalta, ainda, que há uma oportunidade para concentrar as atividades de TI em companhias especializadas. Além disso, aponta que o momento da América Latina é favorável, já que recebeu grandes investimentos para montagem de data centers corporativos, e devido as recentes fusões e aquisições de empresas que resultaram na chegada de provedoras de serviços americanos e europeus nos mercados da região.

Outra fator que contribuiu para o aumento da demanda por serviços de data center é que as ofertas estão ficando mais maduras, eliminando as barreiras comuns, tais como as preocupações com a segurança dos dados e a capacidade das empresas de prestar serviços. Contudo, os países latino-americanos ainda enfrentam restrições em relação a conformidade e regulamentação como, por exemplo, na área bancária, além de questões como as limitações da infraestrutura de telecomunicações para garantir conectividade e a percepção de que há uma elevada complexidade para terceirizar a infraestrutura para um terceiro.

”Os investimentos em TI estão não só aumentando como ajudando as empresas a se posicionarem como provedores de serviços de valor agregado. O mercado está diante de uma nova era de modelo de negócios, no qual dados ou informações não são suficientes para diferenciar uma empresa da outra”, disse o analista de tecnologia da Frost & Sullivan, Mauricio Chede, acrescentando que o mercado está agora sendo impulsionado pela “tecnologia de negócios”, não mais pela “tecnologia da informação”.

A consultoria estima que o mercado de TI na América Latina — considerando hardware, software e serviços — cresça 7% ao ano até 2014.  A Frost & Sullivan diz que os investimentos nessa área estão aumentando e representam um fator-chave para impulsionar Produto Interno Bruto (PIB) dos países da região, já que, do ponto de vista econômico, a maioria apresenta crescimento inferior a 3%.

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