A fabricante taiwanesa de PCs Asus, que tem a Intel como principal parceira na produção de ultrabooks, modelos de PCs portáteis mais finos, mas com grande capacidade de processamento, disse não estar tão confiante sobre a competitividade do produto, que é a aposta da fabricante de chips para competir com tablets, inaugurando uma nova categoria de PCs portáteis.
A declaração foi dada pelo CEO da empresa, Jerry Shen, em entrevista ao Financial Times. De acordo com ele, a meta estabelecida para a Intel de 40% de participação nas vendas de notebooks da Asus é "muito agressiva e dificilmente será atingida antes de 2013". O executivo prevê que o novo produto chegue a 20% das vendas no ano que vem.
A primeira dificuldade, pensando no design do produto, é técnica, disse Shen. "O hardware é muito forte, isso causa um problema de aquecimento muito difícil para resolver. Além disso, a capacidade na cadeia de produção para fornecer componentes especiais para tornar o ultrabook realmente mais fino que os tradicionais notebooks é limitada", ressaltou o executivo.
Shen estima que seja possível fabricar apenas 200 mil unidades por mês. O número é bem pequeno se comparado com os 3,1 milhões de notebooks convencionais fabricados pela empresa no último trimestre. "Para alcançar os 40% de nossas vendas, é preciso desenvolver também os mercados middle e low-end, e isso leva tempo", explica.
A Intel disse estar ciente dos obstáculos. De acordo com David Flanagan, diretor da Inter Capital, braço de capital de risco da fabricante de chips, afirmou que irá destinar os US$ 300 milhões de investimentos para três áreas de produção de ultrabooks, conforme anunciado no início do mês. A prioridade é a produção de componentes menores e mais finos para equipar os aparelhos, além de gestão de software e serviços de armazenamento na nuvem.
Asus avalia que dificilmente atingirá meta da Intel para ultrabooks
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